quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Preso em hospital ao se passar por médico, homem mandava áudios para família de policial vítima de acidente na BA: 'Não está morto'

 

Nome do homem não divulgado; ele foi autuado em flagrante por exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica. A polícia ainda não sabe o que ele pretendia com as gravações.


Familiares de policial internado denunciam atuação de falso médico em Salvador

homem que foi preso enquanto se passava por médico, para ter acesso às informações sobre o estado de saúde do investigador Yago da França Souza Avelar, mandava áudios para a família do policial, com informações sobre o estado de saúde dele.

Yago sofreu um acidente na BA-233, na região da Chapada Diamantina, enquanto levava presos em uma viatura, na última sexta-feira (4). O investigador está internado no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, nesta quarta-feira (9). No capotamento, dois policiais morreram e quatro detentos ficaram feridos. Não há detalhes sobre o estado de saúde dele.

Quando foi encontrado pela polícia, o falso médico estava vestido de jaleco e usava um estetoscópio. Dessa forma, ele teve acesso à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) onde o policial está e passou a fornecer informações a familiares sobre o quadro de saúde do investigador.

Polícia Civil volta atrás e nega morte cerebral de agente envolvido em acidente na Chapada Diamantina 

A família de Yago divulgou os áudios que recebeu do falso médico. Na gravação, o suspeito afirma que a morte cerebral do investigador não é real e que ele está vivo.

"Fique tranquila, porque Yago está vivo. Ele não está morto. Essa morte cerebral que foi decretada a ele não é real. Existe a possibilidade de vida, porque o coração dele está batendo perfeitamente sem medicamento, o pulmão dele está respirando sem medicamento. Ele está lutando a favor da vida. Então fique tranquila porque Yago não morreu, está vivo. Se coloque em oração, porque ele está vivo", disse ele no áudio.

O falso médico foi autuado em flagrante por exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica. O nome do homem não foi divulgado pela Polícia Civil, que instaurou inquérito e vai apurar também o acesso ao HGE. Ainda não se sabe o que ele pretendia com as gravações.

Morte cerebral


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No sábado (5), a Polícia Civil confirmou a morte cerebral do investigador, mas voltou atrás na terça-feira (8). Em nota, a polícia informou que um médico da equipe que atende Yago pediu novos exames antes de atestar a morte cerebral.

"No sábado (5), a equipe médica que tratava o servidor informou à família e ao Departamento Médico da Polícia Civil sobre a morte encefálica, sendo iniciado o processo de realização do protocolo de morte encefálica, que inclui exames clínicos e complementares, como de imagem, por exemplo", informou a nota da Polícia Civil.

"Um médico, então, decidiu solicitar novos procedimentos e investigar o estado de saúde do servidor de maneira mais aprofundada antes de atestar o encerramento de suas atividades cerebrais", complementou a nota.

Yago da França Souza Avelar tem 39 anos, é casado e não tem filhos. Ligado a atividades culturais, ele desenvolve atividades percussivas e fez parte do Grupo Ganhadeiras de Itapuã.

No acidente em que ele ficou ferido, morreram os policiais Kleber Correia Cardoso, de 42 anos, e Matheus Guedes Malta Argolo, de 31.

Acidente


Dois policiais morreram após o acidente

acidente aconteceu na manhã da última sexta-feira (4), na BA-233, no trecho do povoado Alto Vermelho/Santa Quitéria, entre as cidades de Itaberaba e Ipirá. Ainda não há detalhes sobre as causas do acidente, que serão investigadas pela Polícia Civil.

A viatura onde os policiais estavam teve o eixo traseiro e a roda dianteira arrancada com o impacto da colisão. O veículo seguia de Ipirá para Salvador quando capotou. Os agentes transportavam quatro presos para a sede do Serviço de Polícia Interestadual (Polinter).










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