segunda-feira, 15 de junho de 2015

Médico Gustavo Menelau será ouvido na Justiça nesta segunda

 Fernanda Nóbrega tinha 26 anos e deixou dois filhos menores, hoje com cinco e quatro anos / Foto: cortesia
Fernanda Nóbrega tinha 26 anos e deixou dois filhos menores, hoje com cinco e quatro anos
 Foto: cortesia


O depoimento do médico Gustavo Menelau, acusado de homicídio culposo pela morte da jovem Fernanda Nóbrega - por consequência de uma cirurgia bariátrica realizada de forma irregular -, será nesta segunda-feira (15), às 15h.

Fernanda Nóbrega tinha 26 anos e deixou dois filhos menores, hoje com cinco e quatro anos.
 
Fernanda Nóbrega morreu no dia 02 de novembro de 2013 após apresentar complicações de uma cirurgia bariátrica, realizada 3 dias antes. “Quando retornou ao hospital da Unimed III  em busca de atendimento no dia 1° de dezembro, Fernanda  teve o atendimento negligenciado pelo cirurgião que a assistiu e pelos médicos do hospital”,  informou  o advogado da família, Erik Gondim.
 
A família afirmou que ela chegou ao hospital por volta das 05h da manhã, do dia 1°. Passou o dia inteiro em sofrimento, com muitas dores e vômitos sucessivos e  só foi reoperada  após às 17hs , pelo médico Gustavo Menelau, que justificou o procedimento informando que havia uma obstrução no intestino da jovem.
 
“Durante  mais de 12 horas, Fernanda, em sofrimento, não recebeu qualquer tratamento que aliviasse a sua dor  ou assistência do médico Gustavo Menelau", conta o advogado da família de Fernanda. A família conta que no dia da morte de Fernanda, dia 2, o cirurgião visitou rapidamente a paciente, informando que Fernanda estava ótima e que os desconfortos que ela sentia (dores e falta de ar) eram normais, decorrentes da ansiedade dela.
 
Na noite da data de falecimento, o médico plantonista prescreveu uma dose de diazepan  para um diagnóstico de ansiedade, o que provocou uma parada cardiorrespiratória e a sua morte. “Na verdade, Fernanda evoluiu para uma tromboembolia pulmonar dentro de uma unidade de saúde, sem  receber qualquer  tratamento para esta intercorrência”, complementou Gondim.
 
Gondim informou que a paciente não tinha  obesidade mórbida nem doenças relacionadas ao excesso de peso, que seriam indicativos para esta cirurgia. Segundo Erik, Fernanda ainda teve laudos negados por endocrinologistas para que não procedesse a operação mas o Dr. Gustavo indicou uma especialista que forneceu o parecer para que a cirurgia pudesse ser liberada pelo plano de saúde da jovem.
 
Além do processo criminal, o  médico Gustavo Menelau está respondendo a Processo Ético Profissional –PEP no Conselho Regional de Medicina de Pernambuco-CREMEPE. Além dele, o Cremepe também abriu processos éticos contra outros dois médicos envolvidos no caso de Fernanda.
 
Esta será a  5ª audiência do processo, que tramita na 7ª Vara Criminal do Recife, no Fórum Joana Bezerra, Grande Recife. 
 
 

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