Segundo mãe, plantonista foi orientado por telefone para atender criança. Escorpião foi achado na cama de Arthur após a morte dele. Família diz que atendimento correto poderia ter salvado garoto.
Uma família acusa a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Jaboticabal (SP) de negligência médica após a morte de um menino de três anos. Segundo a mãe, Arthur Antônio Batista passou um dia em observação, mas não foi atendido por um pediatra. Ele não resistiu a uma parada cardiorrespiratória e morreu na noite de quarta-feira (15).
Após a morte de Arthur, a família encontrou um escorpião na cama dele. A suspeita é que ele tenha sido picado.
A mãe, Mirieli Batista Máximo, afirma que foi acordada na madrugada de quarta-feira pelo filho, que sentia dores no ouvido e ânsia de vômito. Ele foi levado à UPA, onde ficou em observação.
Segundo Mirieli, não havia pediatra na UPA. O filho foi atendido por clínicos, que eram orientados por telefone por uma médica. No entanto, o quadro de saúde de Arthur piorou e ele sofreu uma parada cardiorrespiratória. O menino morreu antes que pudesse ser transferido para o Hospital Santa Isabel.
A mãe afirma que, ao voltar para casa após a morte, encontrou um escorpião no travesseiro que estava na cama em que Arthur dormia. De acordo com Mirieli, o filho pode ter sido picado. A família acredita que se o menino poderia estar vivo se tivesse passado por um especialista.
A mãe de Arthur, Mirieli Batista Máximo (de blusa listrada), chora após a morte do filho em Jaboticabal, SP
Nas redes sociais, Mirieli publicou um vídeo com um desabafo.
“Eu estou aqui desde às 5h30 com o meu filho. Ele chegou aqui com vômito e uma dor do ouvido, e agora estou saindo daqui sem o meu filho. As enfermeiras muito atenciosas comigo só que nenhum pediatra compareceu no chamado da médica para ver o meu filho, nenhuma pediatra do Santa Isabel. Eu perdi o meu filho, porque uma pediatra se recusou a ver meu filho e deixou meu filho aqui.”
O secretário de Saúde de Jaboticabal, André Domingues, disse que além do atendimento prestado na UPA, a prefeitura vai apurar a retaguarda, que é de responsabilidade do Hospital e Maternidade Santa Isabel.
“Estamos instaurando um processo administrativo inicial para apuração dos fatos e, se for necessário, medidas drásticas serão tomadas. Estendo a minha solidariedade e a do prefeito junto à família, junto à transparência e junto à população da nossa cidade.”
A Secretaria da Assistência e Desenvolvimento Social foi acionada para dar suporte à família.
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