Os indiciados são ex-funcionários do hospital que usaram o crachá antigo e moradores que se passaram por médicos. Fraude ocorreu em fevereiro, quando somente profissionais de saúde estavam sendo vacinados.
Polícia indicia nove ex-funcionários e pessoas que se passaram por médicos para furar fila de vacinação contra a Covid no Hospital Miguel Couto, em fevereiro
A Delegacia de Combate a Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DCCLD) indiciou, na terça-feira (29), nove pessoas por suspeita de furar a fila de vacinação contra a Covid no Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, Zona Sul do Rio.
Entre os indiciados estão ex-funcionários da unidade - que usaram os crachás antigos para tomar o imunizante - e moradores da região, que se passaram por médicos da unidade para serem atendidos prioritariamente.
Os inquéritos foram encaminhados ao Ministério Público, segundo a Polícia Civil. Os indiciados vão responder pelos crimes de falsidade ideológica - com pena de um a cinco anos de prisão e multa - e infração de medida sanitária - que prevê detenção de um mês a um ano e multa.
Segundo o delegado Thales Nogueira Braga, essa é apenas a primeira fase de uma investigação complexa que iniciou em fevereiro, quando somente profissionais do próprio hospital estavam sendo vacinados.
A fraude foi descoberta com o cruzamento de dados da lista de vacinados com a relação de servidores do hospital e cadastros de profissionais de saúde junto aos respectivos conselhos.
Segundo a polícia, num primeiro momento foram levantadas 200 situações suspeitas, mas a investigação constatou se tratar de funcionários terceirizados e acadêmicos de medicina que atuavam no Miguel Couto.
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