segunda-feira, 19 de julho de 2021

Paciente diz que foi agredida e maltratada durante internação; hospital diz que ela mentiu

 

Com ferimentos pelo corpo, a paciente acusa os funcionários também de agressão.



Após receber alta médica do Hospital São Lucas em Patos de Minas, uma paciente decidiu procurar a Delegacia da Polícia Civil para prestar queixa. Ela disse que foi maltratada e alvo de discriminação por parte dos profissionais de saúde. Com ferimentos pelo corpo, a paciente acusa os funcionários também de agressão. A direção do Hospital São Lucas diz que nada do que foi relatado faz sentido e nenhuma agressão teria acontecido.

Claudene Dias Souza de 36 anos disse que foi levada primeiramente para a UPA de Patos de Minas. Entubada, ela foi levada para o Hospital São Lucas. A paciente disse que quando acordou, sem saber o que estava ocorrendo, retirou o aparelho e sentiu um funcionário puxando o seu cabelo. A paciente também apresenta diversos ferimentos nos braços e nas costas. “Fora o psicológico que eu sofri lá dentro”, afirmou.


Ruzevel Alexandre de Souza, o companheiro de Claudene, também reclamou do atendimento no Hospital. Ele disse que ao chegar com a esposa no local, o médico, bastante ríspido, disse que ela tinha apenas 2% de chances de sobreviver. Claudene informou ainda que tentou sair do hospital, mas que foi impedida.

A paciente afirmou que pensou muito e teve medo de fazer a denúncia, mas que decidiu procurar a polícia para evitar que as pessoas que a maltrataram permaneçam impune. “Eu tenho chorado muito pelas coisas que eu sofri lá dentro, não durmo direito só pensando nisso e por isso eu decidi fazer (a denúncia)”, concluiu ela.

Ela ainda informou que sofreu discriminação em relação a sua origem. Natural do Pernambuco, Claudene relatou que as profissionais de saúde disseram que prefeririam estar atendendo pessoas de Patos de Minas e que ela estava ocupando a vaga de alguém da cidade. Ruzevel destacou que a família está há dois anos na capital do milho e que seus antepassados nasceram e morreram aqui. Eles pedem que os pacientes sejam tratados com mais humanidade e decidiram registrar a ocorrência para que ninguém passe pelo mesmo constrangimento.

O médico Sérgio Piau, proprietário do Hospital São Lucas, entrou em contato com o Patos Hoje e disse que não houve nada disso, sendo que nada do que foi relatado teria acontecido.

De acordo com a direção do Hospital São Lucas, nada nessas declarações fazem sentido, não havendo qualquer tipo de agressão. “Sequer há profissionais médicos e enfermeiros trabalhando no hospital com os nomes que ela cita, que teoricamente teria a agredido. A época da internação da paciente no hospital havia outros leitos disponíveis no que descortina as falácias proferidas pela paciente no sentido de que ela teria sido agredida por supostamente estar ocupando o lugar de quem teoricamente poderia residir em Patos de Minas. O que não faz nenhum sentido também pelo fato de que a reclamante reside em atualmente em nossa cidade.” , diz a direção.

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