Francis Rech Aguiar tinha 42 anos e estava tetraplégico desde 1993; à época, caso ganhou repercussão na cidade
Francis Rech Aguiar tinha 42 anos e estava acamado desde 1993; à época, caso ganhou repercussão na cidade
Familiares e amigos se despediram nesta quinta-feira (15) de Francis Rech Aguiar, 42 anos, em cerimônia de cremação durante a manhã no Memorial Crematório São José. Morador de Caxias do Sul, ele ficou tetraplégico e em estado vegetativo há 28 anos, após um procedimento odontológico.
O caso ocorreu em janeiro de 1993, quando Aguiar tinha apenas 14 anos, e ganhou repercussão na cidade. Acamado desde então, ele vivia sob os cuidados da mãe Rosmeri Rech, 62, e também contava com o auxílio de cuidadoras. Ele foi internado há uma semana no Hospital da Unimed, em Caxias, após passar por complicações durante a aspiração de alimentos via sonda. Francis morreu nesta quarta-feira (14).
— Vai ser um grande vazio porque, apesar da situação, ele enchia a casa — lamentou Rosmeri pouco antes do início da cerimônia nesta manhã.
Ela lembra da luta travada pela família desde o procedimento pelo qual o filho passou, inicialmente buscando saber qual era o real quadro de saúde dele e, depois, a busca por justiça.
— Ele precisava fazer um procedimento no dente e aconselharam que fizesse no hospital porque seria mais tranquilo. Voltou pra casa tetraplégico, com movimentos paralisados e já dependendo de alimentação por sonda. Fomos descobrir o real quadro dele somente depois de procurarmos médicos em Brasília. Aí entendemos que seria irreversível — relata a mãe.
A indenização foi conseguida pela família cerca de 10 anos depois do procedimento, condenando o médico anestesiologista Vilmar Molon e o dentista Irani Zanettini.
Além da mãe, Rosmeri, Aguiar deixa o pai, Solon Aguiar, que vive em Balneário Camboriú (SC). Ele também tinha uma irmã, Fernanda Rech Aguiar, que morreu há seis anos em decorrência de um câncer.
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