Clínica, em Taguatinga, foi condenada a pagar R$ 6 mil por danos morais e devolver R$ 2,1 pagos pela cliente. Linalva de Oliveira passou por cinco atendimentos que não deram certo e diz que teve depressão.
Linalva de Oliveira, de 49 anos, antes e depois de procedimento em clínica de estética do DF
A Justiça do Distrito Federal condenou uma clínica estética de Taguatinga a pagar uma indenização de R$ 6 mil por danos morais para uma cliente que ficou com o rosto deformado. A vítima, Linalva de Oliveira, mora no Recanto das Emas e fez cinco procedimentos: harmonização facial, preenchimento labial, bigode chinês, botox e bioestimulador.
Segundo a mulher, de 49 anos, após o atendimento, o rosto ficou inchado por dois meses e, por isso, ela entrou em depressão.
"Eu comecei a me sentir ruim, com o rosto doendo, ardendo. A menina, realmente, me falou que passava três ou quatro dias com o rosto inchado, mas aí desinchava, só que não desinchou", contou Linalva.
Linalva recorreu ao Juizado Especial Cível e Criminal do Recanto das Emas, que mandou a clínica devolver os R$ 2,1 mil pagos pela promotora de vendas, além de pagar R$ 6 mil por danos morais. Cabe recurso da decisão.
No processo, a defesa da clínica afirmou que Linalva não demostrou que o resultado do procedimento tivesse causado abalo moral. A reportagem não conseguiu localizar os responsáveis pela clínica que ficava em cima de um shopping, em Taguatinga Sul.
'Chorava direto'
Segundo Linalva, o preenchimento labial deixou deformidades na boca. Ela conta que procurou a clínica para refazer o procedimento.
"Fui na clínica pra tentar consertar, pra eles verem o erro que tinha sido. A dona da clínica falou que, realmente, estava com um pouco de defeito, mas que eu não me preocupasse que eles iriam refazer todo o meu procedimento novamente", diz a promotora de vendas.
"Quando eu me olhava no espelho era a pior coisa. Eu falava assim: meu Deus por que eu fui fazer isso? Pra mim era melhor eu ter ficado como eu estava e não ter ficado com o rosto do jeito que ficou. Passei muito constrangimento, eu chorava direto, chorava muito mesmo", lembra Linalva.
A juíza Theresa Karina de Figueiredo concluiu que "houve imperícia na prestação do serviço e que o rosto de Linalva, após os procedimentos, ficou com imperfeições e alterações desarmônicas". Além disso, a magistrada destacou que "não houve assistência da clínica para fazer as correções" e "tal situação acarretou sentimentos de angústia, decepção e preocupação ante ao resultado obtido".
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