Refeitório do hospital foi interditado pela Vigilância Sanitária. Além dos "corpos estranhos" nos alimentos, denúncias apontam que não é feita a diferenciação do alimento conforme as necessidades do paciente.
Pacientes denunciam problemas na alimentação oferecida no João Paulo II
A alimentação oferecida no Hospital João Paulo II, em Porto Velho, tem causado revolta. Segundo relatos de pacientes e acompanhantes, as marmitas chegam muito tarde e com diversos problemas, como fios de cabelo, larvas, moscas, e até mesmo baratas.
Segundo o diretor do Sindicato de Enfermagem, Jerrimar Soares, no fim de março, a Vigilância Sanitária interditou o refeitório do hospital e deu um prazo de 15 dias para que a empresa responsável corrigisse os problemas identificados. No entanto, quase no prazo final, o local continua intocado e sem previsão de funcionamento.
Além da falta de higiene na preparação da comida, as denúncias apontam que não há organização na distribuição dos alimentos. Na parte do almoço, as marmitas chegam por volta de 14h ou 15h. Durante a noite, o jantar é oferecido as vezes até meia noite. Além disso, não é feita a diferenciação do alimento conforme as necessidades do paciente.
“Eu sempre fui acostumado a almoçar 11h, mas tá chegando 14h. Eu fico passando mal, as vezes, até com ânsia de vômito, tontura pra desmaiar porque é muito tarde que chega, e quando chega é de má qualidade”, comentou um dos pacientes.
O presidente do Sindicato de Enfermagem aponta que a péssima qualidade dos alimentos pode prejudicar a recuperação dos pacientes e aumentar o tempo de internação.
A Rede Amazônica, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) explicou que na última terça-feira (12), o estado e a empresa responsável pela comida se reuniram e durante o encontro, não foi identificado nenhum problema com a distribuição de alimentos. Veja a nota na íntegra:
"A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) esclarece que na terça-feira (12) foi realizada reunião com o diretor do Hospital e Pronto Socorro João Paulo II e representantes da empresa responsável pelo fornecimento de alimentos na unidade.
No encontro foi abordado questões pertinentes à execução do contrato de fornecimento de alimentos preparados, haja vista a necessidade de esclarecimentos à sociedade e aos usuários do sistema de saúde do Estado de Rondônia ante as notícias de má prestação do serviço no hospital, pela contratada. A fiscalização na empresa junto à produção foi feita de forma imediata, e constatou-se que os fatos veiculados na mídia não foram identificados.
A Sesau tem, como medida, realizar o acompanhamento por meio da sua equipe de monitoramento da qualidade dos serviços prestados aos usuários do sistema de saúde do Estado. Ainda, ressalta que todas as tratativas para o fortalecimento dos serviços quanto ao fornecimento de alimentação no Hospital e Pronto Socorro João Paulo II estão sendo empregadas no intuito de bem atender aos pacientes.
Sugestões, reclamações, críticas, elogios, denúncias ou solicitações devem ser dirigidas à Ouvidoria do Governo do Estado de Rondônia, pelo telefone 0800-647-7071."
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