quinta-feira, 22 de setembro de 2022

MP denuncia médicos por negligência com grávida em trabalho de parto no AM; mulher morreu

 

Segundo o Ministério Público do Estado, a mulher morreu de parada cardíaca após sofrer uma hemorragia.


Cidade de Nova Olinda do Norte, no interior do Amazonas

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) denunciou, nesta semana, dois médicos por homicídio culposo, na cidade de Nova Olinda do Norte. De acordo com o órgão, os profissionais cometeram negligência e imperícia contra uma grávida em trabalho de parto, em agosto de 2013. A mulher morreu de parada cardíaca após sofrer uma hemorragia.

A denúncia foi feita pela Promotoria de Justiça de Nova Olinda do Norte, na segunda-feira (19).

Nesta quinta-feira (22), o MP informou que o caso aconteceu no Hospital Dr. Gallo Manuel Ibanez, em Nova Olinda do Norte. Conforme a denúncia, houve negligência no tempo para realização do parto e imperícia no tratamento da hemorragia da vítima.

De acordo com o Ministério Público, a mulher esperou três dias para que pudesse dar à luz. "Os dois médicos responsáveis pelo atendimento incorreram no ato delitivo de homicídio culposo", afirmou o MP.

Ao longo da investigação, o órgão apurou que o rompimento do útero da mulher no momento do parto deu início ao processo de transferência dela para Manaus. Segundo o MP, os médicos não adotaram os procedimentos esperados para tratamento da hemorragia. "Horas depois do parto, com sangramento pelo nariz e gengiva, a vítima teve uma parada cardíaca e morreu", detalhou o Ministério Público.

O que o MP pediu à Justiça


Os médicos foram denunciados pelo crime de Homicídio Culposo (Art. 121, §3º e §4º, do Código Penal).

Na denúncia, assinada pelo promotor de Justiça Cláudio Facundo, o Ministério Público também pediu a aplicação de multa no valor de 200 salários mínimos como indenização mínima por danos morais aos familiares da vítima.

O MP solicitou, ainda, a suspensão cautelar da inscrição dos acusados perante o Conselho Regional de Medicina (CRM), até o fim da denúncia ou até que o CRM delibere sobre a manutenção, ou não, dos registros profissionais dos denunciados.




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