quarta-feira, 30 de novembro de 2022

No Rastro dos Sonhos Desfeitos: Cabrini investiga denúncias de erros graves em cirurgias

 

Josias Caetano e Pietro Petri são acusados de erros graves, negligência e imperícia



Dois médicos e dezenas de pacientes. Ou seriam vítimas? Josias Caetano e Pietro Petri são dois renomados médicos que são procurados por mulheres que buscam o corpo dos sonhos através da cirurgia plástica. Mas, para muitas dessas mulheres, Josias Caetano e Pietro Petri devem responder criminalmente por erros graves, negligência e imperícia, três fatores que podem destruir vidas e transformar pacientes em vítimas.




Clínica da Serra terá que indenizar paciente que teve maxilar fraturado durante tratamento

 

A mulher alega ter sofrido fratura grave durante tratamento de implante dentário



Já imaginou ir a um consultório odontológico para realizar um procedimento e sair de lá com o maxilar quebrado? Foi exatamente o que aconteceu a uma mulher na Serra, em 2015. Nesta semana, ela recebeu o direito à indenização por conta do erro médico.  

A paciente foi ao estabelecimento para instalação de uma prótese dentária, mas acabou com uma fratura grave por conta da força excessiva do profissional durante a colocação do pino de fixação. 

Para deixar as coisas um pouco ainda "mais doloridas", a paciente alegou que o procedimento foi realizado sem nenhuma preparação e depois do ocorrido, não recebeu nenhum tipo de exame ou medicamento. 

O erro não saiu barato para nenhuma das partes. Para a cliente, a dor no bolso e na boca continuou incomodando, uma vez que para realização de outro implante dentário, foi necessário realizar um enxerto ósseo, para reconstruir a mandíbula. 

Já a clínica foi condenada a pagar R$ 7.690 por danos materiais e mais R$ 8 mil por danos morais à paciente.






terça-feira, 29 de novembro de 2022

MP aponta "omissão" e recomenda a Rogério Cruz que contrate servidores para Unidades Básicas de Saúde da Capital

 

A promotora Marlene Nunes Freitas Bueno recomenda que sejam designados coordenadores-geral em todas as UBSs e que função é "indispensável"


Promotora argumenta que a omissão no ato de designação de servidores na estrutura do serviço público essencial é controlável pelo Poder Judiciário

O Ministério Público de Goiás (MPGO) recomendou nesta sexta-feira (25) ao prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, que "recomponha a estrutura de recursos humanos das Unidades Básicas de Saúde (UBS)". Para tanto, a promotora Marlene Nunes Freitas Bueno, titular da 97ª Promotoria de Justiça de Goiânia, recomenda que sejam designados servidores para o exercício da função de coordenador-geral em todas as UBS da capital.

Conforme apontado no pedido, chegou ao conhecimento do MPGO a informação da exoneração em massa de servidores do quadro funcional da Secretaria Municipal de Saúde, no total de 105 demissões, que alcançaram superintendências, diretorias e gerências, na forma do Decreto nº 4.231, de 26 de outubro de 2022. Também foi reportada ao MP a dispensa de 77 servidores do exercício da função de coordenador-geral de Unidades Tipo I e II, conforme o Decreto nº 4.232, da mesma data.

Em levantamento de publicações no Diário Oficial do Município, apurou-se que, até o presente momento, apenas 18 servidores retornaram ao exercício das funções nessas unidades. Desse modo, ainda restam 59 unidades desprovidas de coordenação e a ausência de gestores nessas unidades alcança 28 dias. Assim, segundo argumenta a promotora, a situação constatada é extremamente perniciosa à regularidade do serviço de saúde”.

Marlene Nunes destacou ainda que, além de o período chuvoso agravar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças, também o atual quadro epidemiológico, de aumento da contaminação pela Covid-19, exige a presença efetiva dos profissionais da Secretaria Municipal de Saúde. Conforme acrescenta, são necessárias ações e decisões administrativas no tempo devido, sob pena de agravamento da situação epidemiológica.

Promotora destaca necessidade de continuidade dos serviços

Na recomendação, a promotora enfatizou ser dever do poder público garantir a continuidade do serviço de saúde, sendo que, neste caso, trata-se da "porta de entrada" para a prestação dos serviços de saúde.

“A Atenção Básica é concebida como a coordenadora do cuidado e ordenadora da rede, portanto, as atividades de coordenação das UBS são indispensáveis”, pontuou.

Por fim, a promotora argumentou que a omissão no ato de designação de servidores inseridos na estrutura operacional do serviço público essencial é controlável pelo Poder Judiciário. Portanto, o exercício da discricionariedade (liberdade de ação administrativa) encontra limites na força normativa do princípio da prevalência do interesse público e que há que se assegurar a primazia dos direitos fundamentais à vida e à saúde.




Jovem de Sinop morre de meningite; Saúde nega negligência

 

O marido da vítima acusou a Unidade de Pronto Atendimento de Sinop de negligência médica


A vítima antes e depois de contrair a doença

Carla Daniela Padilha da Silva, 29 anos, morreu de meningite, no último sábado (12.11), em Sinop. Ela deixa o marido e dois filhos, de 7 e 10 anos.

O marido da vítima, João Damasceno, em entrevista a sites locais, acusou a Unidade de Pronto Atendimento de Sinop de negligência médica. Segundo ele, a esposa buscou por atendimento na UPA na última quinta-feira (10), mas foi liberada após receber soro.

Ele ainda contou que os médicos não constataram os sintomas da doença e deram alta para Carla, mesmo ela reclamando de fortes dores de cabeça

Contudo, em nota, a Prefeitura de Sinop alegou que os profissionais da Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 horas) prestaram todo o atendimento necessário à paciente.

Conforme a nota, ela foi acolhida na unidade em 11 de novembro, e regulada para o hospital regional Hilda Stranger Ribeiro, da cidade de Nova Mutum, através do Sistema de Regulação Nacional (SISREG), administrado via Secretaria de Estado de Saúde (SES), com indicativo/suspeita de meningococcemia aguda.

“Sua regulação para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e transferência, foram providenciadas, ainda na noite do mesmo dia de sua adminção” cita trecho da nota.

Vale destacar que meningoccemia é uma infecção bacteriana aguda, rapidamente fatal e pode causar uma inflamação nas membranas que revestem o sistema nervoso central - (meningite) / infecção generalizada (meningococcemia].




segunda-feira, 28 de novembro de 2022

MP busca fim de fila por cirurgias em Hospital Regional em Sorriso

 


A 3ª Promotoria de Justiça Cível de Sorriso (a 420km de Cuiabá) ajuizou Ação Civil Pública (ACP) contra o Estado de Mato Grosso requerendo, em caráter liminar, a elaboração, apresentação e implementação de plano de reforma institucional do Hospital Regional da cidade. Conforme o Ministério Público Estadual, há uma longa fila de espera por cirurgias na unidade de saúde, com 545 pessoas aguardando, decorrente de problemas de natureza estrutural como falta de planejamento orçamentário adequado para o atendimento da demanda, carência de profissionais, precariedade da estrutura físico predial e falta de materiais, equipamentos e insumos médicos.

“O tempo de espera para a obtenção das preditas cirurgias, que já era demasiadamente longo antes da pandemia do coronavírus, foi sobrelevado consideravelmente em virtude da suspensão da realização de cirurgias durante a pandemia”, narrou o promotor de Justiça Márcio Florestan Berestinas, reforçando que há pacientes na fila desde 2011. Ele consignou que tentou a autocomposição na esfera extrajudicial e, como não foi possível, acionou o Judiciário a fim de salvaguardar os direitos constitucionais à vida e à saúde pública consagrados nos artigos 5º e 196 da Carta Magna.

O MPMT requereu a concessão de liminar para que o Estado elabore e apresente em audiência pública plano de reforma institucional do funcionamento do Hospital Regional de Sorriso, no prazo de 120 dias, bem como que implemente a reforma no prazo de um ano. Solicitou ainda que seja designado um comitê para o acompanhamento da elaboração e o monitoramento da execução dos trabalhos e que seja determinada a realização de audiências públicas para assegurar a participação da sociedade e dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) nesse processo.

Leia aqui a ACP na íntegra.


O Documento



Pacientes denunciam o médico Josias Caetano por cirurgias plásticas com resultados chocantes

 

As pacientes se dizem mutiladas, com necroses e cortes abertos; veja dois depoimentos a Roberto Cabrini



Segundo apurou o Câmera Record, pelo menos 31 mulheres reclamam dos resultados das cirurgias do Dr. Josias Caetano. Elas procuraram o médico com o objetivo de ter o corpo que sempre sonharam, mas hoje se dizem mutiladas e convivem com necroses e cortes abertos. Veja o depoimento de duas dessas mulheres ao jornalista Roberto Cabrini.




sábado, 26 de novembro de 2022

Hospital indenizará criança que não tirou parafusos da perna por falta de instrumental

 Família da criança ganhará indenização por danos morais e materiais


Um hospital do Oeste do Estado indenizará uma família em R$ 12 mil por danos morais, além de R$ 1.780 por danos materiais – ambos os valores corrigidos monetariamente. A condenação é por ato ilícito na cirurgia de retirada de parafusos nas duas pernas de uma adolescente de 13 anos, à época dos fatos. A decisão é do juiz substituto Augusto Cesar Becker, lotado na Vara Única da comarca de Itá.

Os valores são devidos em virtude de um procedimento cirúrgico realizado em julho de 2014 para retirada de parafusos colocados na cabeça do fêmur, das duas pernas, em cirurgia feita quatro anos antes. No entanto, os parafusos permaneceram no corpo da jovem porque espanaram e não havia disponível no hospital um alicate de pressão, específica para o procedimento.

Os alicates haviam sido recolhidos por determinação da Anvisa e não foram substituídas. Outro equipamento que poderia auxiliar, a broca trefina, estava com o serrilhado gasto e sem condições de uso. De acordo com a perícia realizada, “o alicate de pressão e/ou trefina deve ser instrumental constante no patrimônio do hospital, sempre em condições de uso, funcionalidade e esterilização, podendo ser solicitados pelo cirurgião em caso de complicações cirúrgicas”.

Na decisão, o magistrado considerou que “ficou devidamente comprovado que houve defeito na prestação do serviço hospitalar pelo fato de não ter fornecido ao médico, no momento da realização da cirurgia, instrumental adequado e em boas condições de uso – alicate de pressão e trefina”. A cirurgia foi realizada com sucesso por outro médico, dessa vez, na cidade de Chapecó, em fevereiro de 2015. Os custos foram arcados pela família. Cabe recurso da decisão.


SCC10.com



Tribunal fixa danos morais em R$ 90 mil a pais e criança vítima de erro médico durante nascimento



Uma criança teve danos físicos ao nascer com o cordão umbilical preso ao pescoço após a mãe passar por 12 horas em trabalho de parto. O hospital não realizou procedimentos recomendados para o caso e deverá indenizar os pais e a criança em R$ 90 mil, sendo R$ 30 mil para cada. A decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Quarta Câmara de Direito Privado, ocorreu no dia 23 de novembro e a relatora do processo, desembargadora Serly Marcondes Alves, teve voto acolhido por unanimidade pelos desembargadores Guiomar Borges e Rubens de Oliveira Santos Filho.
 
De acordo com os autos do processo, após mais de 12 horas de trabalho de parto, a criança nasceu com o cordão umbilical preso ao pescoço, tendo sofrido danos cerebrais pelo prolongamento do parto além do necessário.
 
Após o nascimento, a menor permaneceu internada na UTI Neonatal por 23 dias, com constatação de lesões causadas pela demora na realização do parto, sofreu várias paradas cardíacas e convulsões nas primeiras 24 horas de vida e ficou em incubadora aquecida e com ventilação mecânica.
 
Os autores alegaram que a criança sofre de tetraparesia espástica com liberação piramidal global, conforme laudo médico e que criança requer diversos cuidados especiais e acompanhamento médico constante.
 
A relatora apontou que “conforme a perita do juízo, o diagnóstico de anóxia neonatal poderia ter sido evitado “através da monitoração e registro das condições da frequência cardíaca fetal e a contração pela cardiotocografia (exame não invasivo que avalia o bem estar fetal) ou a asculta da frequência cardíaca fetal antes, durante e após as contrações, durante todo o período do trabalho de parto”.
 
A perícia ainda apontou que o parto não foi realizado em conformidade com os protocolos do Ministério da Saúde. Assim, foi negado o recurso do hospital e mantida a condenação em primeira instância. “Entendo que o valor arbitrado —R$ 30.000,00 para cada um dos autores —, além de razoável e proporcional, se ajusta à gravidade e repercussão das lesões extrapatrimoniais suportadas pela menor e seus familiares com o episódio traumático, considerando, ainda, o risco de moléstias futuras decorrentes do parto irregular. Ante o exposto, nego provimento ao recurso e majoro a verba honorária ao patamar de 15% sobre o valor condenatório”, conclui a desembargadora.
 
Número do processo: 1022876-64.2016.8.11.0041






sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Em vídeo, mulher relata dores e inchaço após procedimentos estéticos feitos por estudante na Zona Sul do Rio

 

Estudante de biomedicina, que se apresentava como profissional da área, foi presa em flagrante. Defesa, em nota, afirmou que ela vai se pronunciar durante o processo.


Mulher conta que foi vítima de erro médico após procedimento estético no Rio

Uma mulher relatou que teve uma lesão no abdômen após realizar dois procedimentos estéticos feitos por uma estudante de biomedicina que fazia os atendimentos em uma clínica clandestina.

Jessica da Silva Andrade foi presa em flagrante por agentes da Delegacia do Consumidor (Decon). Sua defesa, no entanto, alega que ela foi apenas "conduzida e prestou esclarecimentos". Ela é estudante de biomedicina, mas se apresentava como profissional da área.

g1 teve acesso ao relato de uma mulher que afirmou que pagou R$ 3,3 mil para eliminar a gordura localizada na barriga e ficar com o "abdômen trincado". Ela fez um registro de ocorrência contra Jéssica na Decon.

Vítima alegou que inchaço e dores começaram após procedimento estético

"Tive contato com ela através de whatsapp, ela me atendeu no dia 8 de outubro, num domingo, e no dia 10 de outubro ela submeteu para estar nesse condomínio", explicou.

O atendimento foi realizado em um condomínio na rua Vieira Souto, em Ipanema, na Zona Sul. A vítima afirma que durante as duas horas de procedimento, sentiu muitas dores e passou mal com fortes dores.

Jessica em sua rede social

"Ela enfiou uma cânula dentro da minha barriga, uma parte invasiva do meu corpo. Logo depois desse procedimento, eu pedi para ela estar retirando essa cânula de dentro de mim, e ela falou que não poderia, porque tinha que dar continuidade para tirar o excesso de soro fisiológico", contou a vítima.

"Fui para a minha casa, fiquei com a barriga muito inchada, com muitas dores. Parei em diversos hospitais, com medicação pesada", finalizou ela, que teve tosse, dor de ouvido, ânsia de vômito e sensação de desmaio.

Depois disso, a vítima desmarcou um outro procedimento com a biomédica, que devolveu o dinheiro.

Em nota, a defesa de Jessica disse que ela vai esclarecer o ocorrido "nos autos do processo".

Estudante de biomedicina é presa por suspeita de realizar procedimentos estéticos em clínica clandestina do Rio

Produtos fora da validade


Segundo os investigadores, em seus atendimentos Jéssica utilizava produtos fora da validade e afirmou não possuir autorizações junto à Vigilância Sanitária e Prefeitura do Rio.

Os policiais descobriram que ela realizava os atendimentos em um endereço da Avenida Vieira Souto, em Ipanema, também na Zona Sul, até o último mês, quando então trocou para um outro espaço, no bairro Botafogo, na Rua São João Batista. A clínica clandestina funcionava nos fundos de uma loja de venda de motocicletas.

A ocorrência foi acompanhada de perito do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), que realizou exame pericial e confirmou a atividade irregular que ali funcionava.







 

O caso foi investigado após servidora do hospital registrar um boletim de ocorrência contra o homem



O diretor administrativo do Hospital Regional de Ceilândia foi afastado após uma servidora o denunciar por assédio sexual. Segundo o hospital, um processo administrativo foi aberto para investigar a denúncia. A defesa do diretor disse que há provas que o assédio sexual não aconteceu e que vão apresentar no tempo oportuno. A Polícia Civil apura o caso.




quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Procedimento estético vira pesadelo e moradora de VR diz ter sido vítima de erro médico

 


O sonho de melhorar a autoestima com um procedimento estético virou um pesadelo para a corretora de seguros Thais Serpa, de 40 anos, moradora de Volta Redonda. Em vídeo publicado em uma rede social, ela diz ter sido vítima de um erro médico incompreensível por parte de uma cirurgiã-plástica que, ao invés da redução – como havia sido combinado – aumentou-lhe ainda mais o tamanho dos seios, com o uso de uma prótese de silicone que ela não havia comprado.

Thais conversou com a reportagem e, a exemplo do que fez no vídeo que divulgou, não disse o nome da cirurgiã, contra quem abriu um processo para ter de volta os R$ 30 mil que pagou pelo procedimento, pelos medicamentos usados após a cirurgia e também por danos morais. O valor total da ação é de R$ 52 mil. “Não quero que ela seja submetida ao ‘tribunal da internet’”, disse a corretora sobre a decisão de não revelar o nome da médica.

Passado mais de um ano, Thais afirma que está sentido “dores incapacitantes”. “Não consigo me abaixar porque parece que as próteses estão estourando minhas costelas”, disse. Ainda de acordo com a corretora, a única explicação da médica para implantar a prótese maior é de que ela mesma teria decidido que ficaria melhor.

A cirurgia – que custou R$ 30 mil e durou cerca de 10 horas – foi realizada em outubro do ano passado. Thais garante também que não foram feitos outros procedimentos combinados com a profissional. Afirma ainda que, em seu prontuário, consta que ela teria sofrido uma queda no centro cirúrgico e que saiu com ferimentos nos pés. “Meus pais foram avisados de que eu estaria no quarto às 17 horas e, neste horário, foram para o hospital. Eu só cheguei às 22h30min de uma cirurgia que começou às 12 horas”.

Medidas – A corretora de seguros contou que havia sido combinada a colocação de uma prótese de 280 ml. Como de praxe, segundo ela, o fornecedor enviou três para que fosse utilizada a que melhor se adaptasse: a que foi solicitada, outra de R$ 305 ml e uma terceira, de 320 ml – quando a que foi usada tem 380 ml, ou 100 ml a mais do que havia sido definido.

“Deixei claro que era para ser utilizada a menor possível, mas foi colocada uma de 380 ml. Assim que acordei [da anestesia] e percebi, pedi que tirassem. De início, só porque ficou esteticamente feio, pois tenho baixa estatura, mas agora sinto muitas dores”, afirmou Thais, acrescentando não saber que fim levou a prótese adquirida por ela por cerca de R$ 4 mil.

Dificuldades – Contrariando a opinião de pessoas próximas, Thais disse que aceitou que a cirurgia fosse feita pela mesma cirurgiã, mas desistiu, em julho deste ano, porque a profissional, depois de concordar fazer um novo procedimento, teria colocado seguidas dificuldades. “Até confundir data para a cirurgia ela alegou. Como, se está na agenda?”, questionou. Além disso, a médica estaria cobrando para fazer as intervenções que a corretora alega que deveriam ter sido realizadas quando foi operada, como fuso de pele.

A corretora contou ainda que, embora tenha entrado com a ação judicial em agosto, até agora a médica não foi citada. “Eu preferia que ela apenas me devolvesse o que paguei, pois agora, a cirurgia custa R$ 36 mil. Os médicos têm um seguro de responsabilidade civil, mas, para que seja acionado, é preciso do processo judicial. Porém, ela pode me ressarcir sem depender do seguro”.


Tocador de vídeo












Mulher tem ovário saudável retirado por erro médico e vai receber indenização de R$ 15 mil

 

Glândula com cisto diagnosticado continuou dentro do corpo da paciente. Defesa dela e do instituto que administra hospital, em Araranguá, afirmam que vão recorrer.


Médicos realizam cirurgia em SC

Uma mulher que teve o ovário saudável retirado por erro médico vai receber R$ 15 mil de indenização de danos morais, com juros e correção monetária, decidiu a 2ª Vara Cível de Araranguá, no Sul catarinense. Com o equívoco, a glândula com um cisto diagnosticado continuou dentro do corpo da paciente.

A defesa da mulher afirmou que recorreu para aumentar o valor da indenização. A defesa do Instituto Ideas, que administra o hospital, também disse que vai recorrer. A Secretaria de Estado da Saúde afirmou em nota que, após o fim do processo, "acatará a decisão e tomará todas as providências necessárias".

A decisão judicial, tomada em 26 de outubro, foi divulgada na terça-feira (22) pelo Poder Judiciário.

Em outro processo relacionado a erro médico revelado este mês, um homem recebeu indenização de R$ 30 mil após perder um dos testículos. O caso ocorreu em Barra Velha, no Litoral Norte catarinense.

Decisão


A paciente precisava fazer a retirada do ovário direito, havia um cisto. Porém, na cirurgia, foi tirado o esquerdo. O procedimento foi feito em setembro de 2018.

Os exames pré-operatórios indicaram que o ovário esquerdo estava normal. Nas alegações, o Estado negou que a retirada tenha ocorrido por engano, já que o laudo de exame anatomopatológico identificou a presença de cistos foliculares na glândula retirada.

Porém, na decisão, o juiz Gustavo Mottola argumentou que isso não afasta o erro médico, já que, se não tivesse havido equívoco, o ovário direito, onde estava o cisto, também teria sido tirado. Além disso, a retirada da glândula que estava saudável não foi autorizada pela paciente.

Com isso, o ovário direito permaneceu no corpo da mulher. Conforme o processo, o cisto que estava nele aumento quase 50% de tamanho na comparação entre os exames de abril e dezembro de 2018.