quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Procedimento estético vira pesadelo e moradora de VR diz ter sido vítima de erro médico

 


O sonho de melhorar a autoestima com um procedimento estético virou um pesadelo para a corretora de seguros Thais Serpa, de 40 anos, moradora de Volta Redonda. Em vídeo publicado em uma rede social, ela diz ter sido vítima de um erro médico incompreensível por parte de uma cirurgiã-plástica que, ao invés da redução – como havia sido combinado – aumentou-lhe ainda mais o tamanho dos seios, com o uso de uma prótese de silicone que ela não havia comprado.

Thais conversou com a reportagem e, a exemplo do que fez no vídeo que divulgou, não disse o nome da cirurgiã, contra quem abriu um processo para ter de volta os R$ 30 mil que pagou pelo procedimento, pelos medicamentos usados após a cirurgia e também por danos morais. O valor total da ação é de R$ 52 mil. “Não quero que ela seja submetida ao ‘tribunal da internet’”, disse a corretora sobre a decisão de não revelar o nome da médica.

Passado mais de um ano, Thais afirma que está sentido “dores incapacitantes”. “Não consigo me abaixar porque parece que as próteses estão estourando minhas costelas”, disse. Ainda de acordo com a corretora, a única explicação da médica para implantar a prótese maior é de que ela mesma teria decidido que ficaria melhor.

A cirurgia – que custou R$ 30 mil e durou cerca de 10 horas – foi realizada em outubro do ano passado. Thais garante também que não foram feitos outros procedimentos combinados com a profissional. Afirma ainda que, em seu prontuário, consta que ela teria sofrido uma queda no centro cirúrgico e que saiu com ferimentos nos pés. “Meus pais foram avisados de que eu estaria no quarto às 17 horas e, neste horário, foram para o hospital. Eu só cheguei às 22h30min de uma cirurgia que começou às 12 horas”.

Medidas – A corretora de seguros contou que havia sido combinada a colocação de uma prótese de 280 ml. Como de praxe, segundo ela, o fornecedor enviou três para que fosse utilizada a que melhor se adaptasse: a que foi solicitada, outra de R$ 305 ml e uma terceira, de 320 ml – quando a que foi usada tem 380 ml, ou 100 ml a mais do que havia sido definido.

“Deixei claro que era para ser utilizada a menor possível, mas foi colocada uma de 380 ml. Assim que acordei [da anestesia] e percebi, pedi que tirassem. De início, só porque ficou esteticamente feio, pois tenho baixa estatura, mas agora sinto muitas dores”, afirmou Thais, acrescentando não saber que fim levou a prótese adquirida por ela por cerca de R$ 4 mil.

Dificuldades – Contrariando a opinião de pessoas próximas, Thais disse que aceitou que a cirurgia fosse feita pela mesma cirurgiã, mas desistiu, em julho deste ano, porque a profissional, depois de concordar fazer um novo procedimento, teria colocado seguidas dificuldades. “Até confundir data para a cirurgia ela alegou. Como, se está na agenda?”, questionou. Além disso, a médica estaria cobrando para fazer as intervenções que a corretora alega que deveriam ter sido realizadas quando foi operada, como fuso de pele.

A corretora contou ainda que, embora tenha entrado com a ação judicial em agosto, até agora a médica não foi citada. “Eu preferia que ela apenas me devolvesse o que paguei, pois agora, a cirurgia custa R$ 36 mil. Os médicos têm um seguro de responsabilidade civil, mas, para que seja acionado, é preciso do processo judicial. Porém, ela pode me ressarcir sem depender do seguro”.


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