Com o filho em casa desde o dia 21 de junho, Maria Helena de Oliveira Campos se prepara, agora, para mais uma batalha. Após Gabriel ter sido vítima de um erro médico, o que lhe custou às pontas dos dedos da mão esquerda, a mãe está contando com a ajuda do advogado Ademar Gomes para tomar providências legais.
“Entramos com uma ação contra o Pronto Socorro Central de São Bernardo, a Prefeitura e os profissionais que fizeram parte deste erro médico”, revelou o defensor. Gomes também preparou uma ação no campo criminal envolvendo, apenas, os médicos e enfermeiros. “Os profissionais que participaram do procedimento que acarretou na perda das pontas dos dedos da criança irão responder por lesão corporal grave”.
Gomes disse também que a mãe, mesmo com a criança em casa e fora de perigo, ainda está abalada com o que ocorreu. Segundo o jurista, até o momento a Prefeitura de São Bernardo não entrou em contato com a família do pequeno Gabriel ou com o advogado. “Isso é muito comum em se tratando de órgãos públicos. Eles se preocupam mais em transferir a responsabilidade.”
No dia 8 de maio, Maria Helena levou a criança ao Pronto Socorro Central de São Bernardo, para tratar do que aparentava ser uma gripe. Com o agravamento do quadro para uma pneumonia, os profissionais do posto decidiram fazer um acesso no braço da criança para ministrar alguns remédios, foi aí que o membro do bebê começou a apresentar problemas.
Quando pediu para ver o braço do filho, Maria Helena notou que as pontas dos dedos da mão esquerda da criança estavam roxas, o que indicava problema na circulação do braço. “Meu filho estava muito bem quando o entreguei. Eles me devolveram a criança com mais problemas do que quando chegou”, disse a mãe indignada.
Em nota, a Prefeitura de São Bernardo declarou que o bebê Gabriel Oliveira Campos até o momento não teve a perda de nenhuma parte do membro afetado, e que ele foi incluído no PID (Programa de Internação Domiciliar) da cidade. A administração também esclareceu que Gabriel é acompanhado por uma equipe multifuncional, composta por fisioterapeutas, médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos. Além de estar fazendo acompanhamento pediátrico nas redes de atenção básica e especializada do município.
Sobre os funcionários, O Hospital Pronto Socorro Central abriu sindicância para apurar esclarecimenesclarecimentos dos fatos, na qual dois profissionais de enfermagem foram demitidos. Outros dez funcionários sofreram medidas administrativas e punitivas.
A gestão afirmou que acompanhou todo o período de internação da criança no Hospital Estadual Mario Covas, prestando a assistência necessária para os familiares como transporte para todas as consultas.
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