quinta-feira, 3 de agosto de 2017

PF desarticula quadrilha que roubava equipamentos médicos

Quadrilha que atuava no País roubou equipamentos como tomógrafos e mamógrafos. Fraude foi avaliada em aproximadamente R$ 3 milhões
 
Os principais integrantes do grupo criminoso também foram investigados na Operação Shylock
 ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL
 
A Polícia Federal cumpriu ontem 62 mandados de busca e apreensão e 19 de condução coercitiva no Ceará e outros 18 estados. As ações foram realizadas durante a Operação Equipos, que investiga uma organização criminosa especializada no contrabando de equipamentos de diagnóstico médico.
 
Em Fortaleza, um mandado de busca e apreensão foi executado. A ação se estendeu a outros 43 municípios pelo País.
 
São investigados empresários e pessoas jurídicas do ramo de exportação e importação, revendedores, clínicas, hospitais, despachante aduaneiro, além de um doleiro responsável pelo repasse de recursos ilícitos ao grupo.
 
Um funcionário da Receita Federal, lotado no município de Dionísio Cerqueira (SC), também é apontado como membro do grupo. Ele teria recebido valores ilícitos em troca de facilitação da ação da quadrilha.
 
Os principais integrantes do grupo criminoso também foram investigados na Operação Shylock, desencadeada em setembro de 2015, e respondem a ação penal perante a Justiça Federal. Eles tiveram sequestrados judicialmente nove veículos e 21 imóveis. A PF não divulgou qual o alvo da operação no Ceará.
 
O esquema tinha como ponto de partida a Aduana de Controle Integrado (ACI), em Dionísio Cerqueira, onde uma carga de equipamentos médicos foi apreendida em outubro de 2013. Na ocasião, foram recolhidos tomógrafos, mamógrafos e outros equipamentos de alto valor comercial. O material foi avaliado em aproximadamente R$ 3 milhões, sendo de R$ 2 milhões o total de tributos sonegados.
 
Na documentação dos produtos constava somente uma descrição genérica da mercadoria e valor declarado era de apenas US$ 180 mil (10% do valor real). Um inquérito foi instaurado e as investigações apontaram que, entre 2011 e 2015, o grupo criminoso introduziu de forma irregular no Brasil outras 12 cargas de equipamentos médicos, remetidas dos EUA - via trânsito aduaneiro por Chile e Argentina.
 

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