segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Criança espera por cirurgia no olho e família denuncia negligência em hospital do AM

Equipamento quebrado do 28 de Agosto teria adiado procedimento.
 
Família teme que perda de tempo no Hospital 28 de Agosto faça com que menino perca a visão do olho esquerdo (Foto: Sérgio Rodrigues/G1 AM)
 
Um menino de quatro anos está internado desde o sábado (5) no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, na Zona Centro-Sul de Manaus, após ter tido o olho perfurado em um acidente doméstico. A família de Nicolas dos Santos alega que o hospital está sendo negligente com o garoto, que precisa de uma cirurgia urgente, sob risco de perder a visão. Um equipamento quebrado teria adiado o procedimento.
 
Ao G1, o hospital informou que o paciente deu entrada na unidade às 19h30 de sábado com um ferimento por arma branca no olho esquerdo.
 
“Ele foi avaliado pelo oftalmologista e diagnosticado com uma laceração de córnea esquerda.
 
Foi feita limpeza, curativo e preparação para a cirurgia que acontecerá hoje em uma clínica conveniada com a secretaria de Saúde do Estado, uma vez que o HPS 28 de Agosto não é uma unidade de saúde infantil”, diz nota.
 
De acordo com o avô de Nicolas, Francisco dos Santos, o menino deu entrada no 28 de Agosto na noite deste sábado, após já ter sido transferido do Pronto-Socorro da Criança, o Joãozinho, na Zona Leste. Ele teria se ferido após uma brincadeira com um adulto onde ele teve as mãos amarradas. Quando uma das tias tentou cortar a corda com uma faca, acabou atingindo o olho esquerdo da criança.
 
"Já nos mandaram para cá porque o caso dele é muito grave e, quando chegamos aqui, fomos informados de que ele faria a cirurgia na manhã deste domingo. O médico disse que esse seria o prazo máximo para ele fazer a cirurgia e ainda ter chances de não ficar cego do olho esquerdo", disse o avô.
 
Até a noite deste domingo, Nicolas ainda não havia passado pelo procedimento, segundo a família, por falta de estrutra do hospital. "Quando chegou a hora da cirurgia dele hoje (domingo) levaram ele para a sala e viram que um dos equipamentos necessários estava quebrado. Fora isso, ainda faltava um anestesista. Quando o anestesista chegou, outro médico se prontificou a fazer a cirurgia, já na noite de domingo, mas aí o equipamento quebrado de novo foi o empecilho. Ele disse que o Nicolas precisa ser transferido para uma clínica que faça o procedimento e vamos ter que dar o nosso jeito de pagar um anestesista por conta própria", relatou.
 
 
 

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