quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Governo autoriza abertura de 11 cursos de medicina

De acordo com o MEC, serão 710 vagas em instituições do Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo
 
 
 
Brasília - O governo federal anunciou nesta terça-feira (1º) que autorizou a abertura de 11 novos cursos de medicina no País. O anúncio representa o final de um processo que se arrasta desde 2014, quando foi lançado o edital para seleção de municípios que poderiam receber as vagas. O governo atribui a demora a ações judiciais e representação do TCU (Tribunal de Contas da União), que suspendeu o edital em agosto de 2015 alegando suspeita de irregularidades na seleção. A abertura das novas vagas, porém, já havia sido liberada pelo tribunal em julho do ano passado, em meio à pressão de políticos e de prefeituras.

"Os principais objetivos foram referendados com o TCU. Por isso se alongou tanto, praticamente quatro anos, desde o início do primeiro edital até a definição final com relação aos municípios contemplados", explicou o ministro da Educação, Mendonça Filho.

Ao todo, estão previstas 710 novas vagas, distribuídas em cidades do Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. A previsão é que os cursos iniciem as atividades ainda neste ano. No Paraná, foi autorizada a abertura de 50 vagas na Faculdade Integrado de Campo Mourão (Centro-Oeste) e outras 50 na Faculdade de Pato Branco (Sudoeste).

O edital lançado em 2014 previa ainda novos cursos em outros 25 municípios. Segundo o ministro da Educação, Mendonça Filho, essas outras vagas devem ser anunciadas "nas próximas semanas". O processo, porém, ainda depende de novas visitas às cidades e instituições selecionadas para ofertar as vagas, de acordo com o MEC.

MAIS MÉDICOS

A expansão dos cursos de medicina é uma das medidas do programa Mais Médicos, que visa atrair médicos ao interior do País. O processo, no entanto, tem sido alvo de críticas de entidades médicas nos últimos anos, para quem a abertura "desenfreada" de novos cursos pode piorar a qualidade da formação médica.

Em uma tentativa de rebater as críticas, o ministro Mendonça Filho defendeu a expansão e disse que a formação médica não pode ser uma "dinâmica pensada na lógica do mercado". "Temos grande tradição de formação médica nos grandes centros urbanos. Infelizmente boa parte do Brasil mais distante se ressente do acesso à saúde e do acesso à formação médica", disse.
 

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