Melissa deu entrada no HPS João Lúcio após sentir dores no corpo e na cabeça. Direção do hospital irá abrir uma sindicância para investigar a denúncia
A adolescente está grávida de três meses (Foto: Divulgação) |
A família da adolescente Melissa Bezerra da Silva, de 16 anos, acusa um médico do Hospital e Pronto Socorro Dr. João Lúcio, de cometer negligência ao passar uma injeção na perna direita para o tratamento de virose e infecção urinária. A moça foi atendida no dia 24 de janeiro na unidade hospitalar, mas desde que passou pelo procedimento médico não consegue mais andar.
Melissa deu entrada no João Lúcio após sentir dores no corpo e na cabeça. Quando chegou ao local foi diagnosticada pelo médico e acabou tomando medicação na veia. “Fomos ao hospital, porque a minha filha estava muito mal. Lá ela foi diagnosticada com virose e infecção urinária, mas o médico não passou exame. Depois tomou uma injeção na perna direita. O médico a liberou, mas no outro dia ela já amanheceu sem conseguir andar”, relatou a mãe da adolescente, Janete da Silva.
A família acreditava que as dores nas pernas de Melissa tinham sido ocasionadas pela infecção urinária, mas durante consulta com outra médica, o “diagnóstico leigo” foi descoberto, segundo a mãe da adolescente.
“Como ela está grávida de três meses, ficamos preocupados e a levamos para uma maternidade na Cidade Nova. Quando chegou lá, a médica disse que a injeção foi aplicada de forma errada e atingiu o nervo ciático, por isso ela não estava conseguindo andar”, explicou a mãe da adolescente.
Segundo Janete, Melissa até voltou no médico que passou a injeção no Hospital João Lúcio. “Após o laudo, a médica nos encaminhou novamente para o João Lúcio. O médico que passou a injeção atendeu a minha filha, mas disse que o problema nas pernas não tinha sido ocasionado pela injeção, e pediu para ela retornar para casa”, destacou.
Quem quiser ajudar a família com doações pode entrar em contato com o número: 99466-3401.
Posicionamento
Em nota, a direção do Pronto Socorro Dr. João Lúcio informa que a paciente esteve na unidade por duas vezes. Na primeira vez, no dia 24 de janeiro, ela chegou com crises de vômito e foi medicada com plasil. O medicamento foi aplicado na região glútea. Posteriormente, com exames de urina, hemograma e teste de gravidez foi constatada também a infecção urinária. O medicamento aplicado foi para as crises de vômito. A paciente deixou a unidade com receitas para realizar o tratamento ambulatorial da infecção urinária.
No dia 28 de janeiro, quando retornou à unidade, de acordo com o prontuário, a paciente informou que não havia tratado a infecção e relatou dificuldade para andar, alegando ter sido por conta da injeção que tomou na primeira consulta. A paciente foi avaliada por um clínico geral e um ortopedista que, de acordo com o prontuário, não detectaram indícios de infecção na região após um exame de raios-X.
A direção do Pronto Socorro Doutor João Lúcio informa, ainda, que irá abrir uma sindicância para investigar a denúncia e coloca-se à disposição da paciente para uma nova consulta e reavaliação do diagnóstico.
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