Idoso morreu no PS municipal de VG. Unidade também pediu à Sec. de Saúde, abertura de sindicância contra a enfermeira que é servidora de carreira do município
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O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren) abriu procedimento investigatório para apurar a conduta de profissionais de enfermagem do Pronto Socorro de Várzea Grande. Por sua vez, a direção da unidade hospitalar solicitou nesta sexta-feira (08) à Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande a abertura de sindicância contra a enfermeira Andréia Muzzi, servidora estatuária.
A profissional foi remanejada para a área administrativa no Pronto Socorro até averiguação de denúncia de negligência que culminou no falecimento do aposentado Manoel de França Neto, 86, no último dia 02. Além de Muzzi, outras 3 técnicas em enfermagem – uma delas identificada por familiares do aposentado como Lindaci da Silva – foram desligadas da unidade de saúde, segundo o diretor do Pronto Socorro de Várzea Grande, Sebastião Ney Provenzano.
O aposentado deu entrada no Pronto Socorro de Várzea Grande no dia 26 de janeiro, após ter enfartado no município de Juscimeira. No hospital, por volta de 17h do mesmo dia, Manoel de França Neto voltou a se queixar de dores no peito e falta de ar. Conforme detalhado em Boletim de Ocorrência registrado por Elenice Alves, filha e acompanhante do aposentado que veio a falecer, foi solicitado atendimento às enfermeiras plantonistas naquela data reiteradas vezes. Às 20h40, a filha começou a retirar o pai do quarto por conta própria, ocasião em que duas enfermeiras viram e interferiram. Ao aferir a pressão do aposentado, as profissionais concluíram que estava tudo bem e afirmaram que não sabiam “porque trouxeram esse velho para cá; se a senhora não acalmar ele, vamos jogar no corredor”.
Diante da situação, a filha de Manoel de França Neto continuou a carregá-lo para o box de emergência, onde foi socorrido por médicos. Um deles, identificado no B.O. apenas como Luciano, afirmou que o aposentado estava enfartando e que foi negligência das enfermeiras não socorrer em tempo hábil. Após receber atendimento no box de emergência, o paciente foi encaminhado para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde permaneceu até falecer no dia 02 deste mês.
O diretor do Pronto Socorro de Várzea Grande afirmou à reportagem de O Documento que o hospital não dispõe de serviços especializados em cardiologia e que é assistido apenas por dois cardiologistas visitadores, que vão ao local diariamente. “Mas, obviamente isso não justifica o ocorrido”.
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