sábado, 11 de janeiro de 2020

Estudantes copiaram CRM na internet para se passar por médicos no Ceará

Dois suspeitos de atuação em esquema de exercício ilegal da profissão foram presos. Outros dois estão foragidos.


Diretor clínico de unidade médica de Baturité foi procurado para ser
notificado de decisão que o afasta do cargo, mas não foi encontrado

Dois estudantes de medicina e enfermagem foram presos por se passar por médicos e realizar consultas médicas ilegais no Ceará. Segundo a Polícia Civil, as prisões ocorreram em Paraipaba e em Sobral, no interior do estado, na manhã desta sexta-feira (10), após dois meses de apuração. Os alunos usavam número de CRM (código de profissionais registrados no Conselho Regional de Medicina) copiados da internet.

As investigações apontam que o grupo atuou como equipe médica em plantões na Unidade de Pronto Atendimento de Baturité entre 2017 e 2019. Eles vão responder por peculato, estelionato e falsidade ideológica. Caso algum paciente tenha morrido ou sofrido sequelas em decorrência de erro dos falsos médicos, eles também responderam pelo crime.

Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, que resultaram em duas prisões.

Outros dois suspeitos seguem foragidos. Elas são formadas em medicina no exterior, mas não têm a revalidação do diploma no Brasil e são impedidos de exercer a profissão.

Conforme o delegado de Baturité, Joel Morais, a investigação começou quando um homem foi flagrado tirando plantão em um hospital de Mulungu, cidade próxima à Baturité, sem poder exercer a profissão. Com a apuração do caso, os policiais descobriram que o caso se tratava de um esquema criminoso de exercício ilegal da profissão.

Diretor clínico é procurado


O diretor clínico da Unidade Municipal de Pronto Atendimento de Baturité foi procurado para ser notificado de uma decisão judicial que o afasta de suas funções, ficando impedido de ter acesso ao órgão público. Ele não foi localizado e é procurado para ser informado sobre a decisão.

Um dos presos é um estudante de enfermagem de 34 anos, detido em Paraipaba. O segundo é um acadêmico de medicina de 20 anos que estuda em Fortaleza. Ele foi preso em uma feira no Distrito de Aprazível, em Sobral.


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