Menina de 6 meses quebrou fêmur. Médico do HRT não pediu exames de imagem, receitou analgésicos e mandou criança para casa.
Família denuncia erro médico no Hospital de Taguatinga |
A mãe de uma bebê de seis meses registrou uma denúncia no Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM), nesta quarta-feira (22), alegando negligência do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). n Segundo Aline Menezes, a filha dela estava com uma fratura no fêmur e o médico, sem pedir exames de imagens, disse que a menina havia sofrido um "trauma leve" e receitou analgésicos.
Na manhã seguinte, depois da bebê chorar durante toda a noite, o pai da criança voltou ao hospital público e um outro médico constatou a fratura. O caso aconteceu na última semana.
Aline conta que Ágatha caiu da cama – de uma altura de 1 metro – e ela levou a bebê para o HRT. No entanto, o médico que atendeu a menina "se limitou a olhar pernas e cabeça da criança", afirma a mãe.
"Eu disse: doutor, não vai precisar de nenhum raio x? E ele falou que não, porque ela não tinha nenhum hematoma."
No prontuário consta que Ágatha teve "trauma leve, sem sinais de alarme". A orientação do pediatra foi dar um remédio pra dor – analgesia simples.
Criança de seis meses se recupera de fratura após cair da cama no Distrito Federal |
Investigação
O Conselho Regional de Medicina afirmou à reportagem que recebe cerca de 30 denúncias por mês, a maioria de pacientes que alegam ter sido mal atendidos. Em casos de suposto erro médico ou negligência, são abertas sindicâncias para apurar a conduta dos profissionais.
Segundo um dos conselheiros, Cristofer Martins, a sindicância é considerada um "procedimento prévio", que visa analisar a denúncia.
"Havendo procedência na queixa do paciente , poderá ser instaurado um processo ético-disciplinar. No processo ético, [o profissional] pode ser apenado, desde uma censura em reservado até a cassação do exercício profissional médico", explica Martins.
Criança de seis meses se recupera de fratura após cair da cama no Distrito Federal |
Além da representação ao CRM, Aline Menezes, mãe de Ágatha, pretende registrar denúncia no Ministério Público e encaminhar o caso à Policia Civil.
De acordo com Márcio de Souza, assessor da Promotoria de Defesa dos Usuários da Saúde (Pró-vida), o pedido de exames complementares não é obrigatório, mas deve ser solicitado quando houver dúvida.
"O diagnóstico de fratura pode ser feito clinicamente e o exame complementar ia dar mais detalhes sobre o tipo de fatura, então é um exame importante, realmente", afirma Souza.
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