A dentista Flávia Voss, de 24 anos, morreu após ter complicações no parto da primeira filha, no Hospital Municipal Santo Antônio, em Aripuanã (1002 km a noroeste), na madrugada de quarta-feira (22). Familiares e amigos da dentista apontam que ela morreu em decorrência de negligência médica.
De acordo com a amiga e também dentista, Sidilaine Breda, Flávia tinha marcado uma cesária na segunda-feira (20), às 13h. Ao chegar no hospital, três pacientes foram atendidos na frente dela. Quando chegou a vez de Flávia, os médicos a dispensaram. “Na hora que atenderam, falaram que ainda não era a hora do parto e ela foi para casa”, disse Sidilaine ao .
Na manhã de terça-feira (21), a dentista retornou para o hospital, desta vez com fortes dores por conta das contrações. Ainda assim, ela foi atendida por volta das 18h, porque informaram que não havia roupa estéril para a cirurgia e ela deveria aguardar pela lavagem e secagem.
As dores aumentaram durante a espera e Flavia chegou a mandar uma mensagem para a amiga dizendo que “estava com medo de morrer”. Ela foi para a cirurgia por volta de 19h15, porém, a anestesia não funcionou, e Flávia teve que fazer a cesária sem medicamentos. Logo quando a criança nasceu, a dentista teve convulsões e hemorragia interna. Às 4h, ela não resistiu as complicações e faleceu. “Era madrugada de quarta-feira, nem chegou a conhecer a criança”, lamenta a amiga.
Sidilaine relata que conversou com uma enfermeira que atendeu Flávia. Segundo a enfermeira, a jovem chorava e gritava muito, enquanto passava pelo trabalho de parto. “O médico dizia que tinyha que esperar dilatar para fazer o parto, o que não fazia sentido. Por que esperar pra dilatar, se ela ia fazer uma cesária?”, questiona.
Revoltados, familiares e amigos apontam que houve falha médica e no atendimento de Flávia. Eles publicaram a indignação nas redes sociais. Várias mulheres relataram que passaram por situações parecidas no hospital.
A amiga ainda conta que o marido e mãe de Flávia ainda estão muito abalados com a morte dela. Porém, entrarão com medidas cabíveis assim que possível.
Outro lado
A reportagem tentou entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde, que não atendeu as ligações. A coordenadora do Hospital Santo Antônio estava em reunião, e até o fechamento desta matéria, não obteve resposta.
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