terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Família de sergipano que morreu durante TAF irá mover ação por negligência médica

 


Durante entrevista ao Jornal da Fan, da Rádio Fan FM, a advogada do sergipano que morreu durante a realização do Teste de Aptidão Física (TAF) da Polícia Civil no Rio Grande do Norte, Michele Torquato, afirmou que vai mover uma ação cível e criminal a partir do inquérito policial que deverá ser concluído nos próximos 30 dias.

Luan Oliveira Rodrigues, de 29 anos, realizava o exame quando passou mal no dia 1º de dezembro. A vítima foi encaminhada para a UPA de Cidade da Esperança e faleceu na madrugada. Luan residia em Nossa Senhora do Socorro, região metropolitana de Aracaju.

"As investigações estão sendo feitas, nós observamos que aconteceu possivelmente fortes indícios de negligência por parte da UPA onde o Luan foi atendido. Esta semana testemunhas serão ouvidas, são pessoas que tiveram o último contato com ele. Fui ao Rio Grande do Norte e há pontos que precisam ser esclarecidos. As pessoas que estavam envolvidas no atendimento o Luan não imaginavam que a família retornaria para saber o que houve”, disse.

A advogada contou ainda que uma denúncia anônima de alguém que presenciou a morte de Luan foi fundamental para as investigações. “O inquérito foi instaurado porque alguém de forma anônima denunciou. A pessoa dá detalhes. O delegado tem 30 dias para concluir o caso. É importante que tudo seja esclarecido porque a família está dilacerada”.

Ainda segundo a advogada, a família quer justiça. “Porque que ele precisava de uma UTI e não foi transferido? Estavam esperando o plano de saúde e porque não usaram a ambulância de UTI? Quem foi o profissional que atendeu o Luan? O prontuário dele tem as medicações, mas não tem os horários. Não consta a evolução da equipe de enfermagem, nem da equipe médica. A enfermeira carimba na página da médica. Onde tem o procedimento que seria de praxe das enfermeiras e a técnica preencher está em branco. Queremos saber o que ocorreu dentro da upa”, questiona.

Michele finalizou dizendo que “vamos aguardar a finalização do inquérito pois não podemos ser precipitados. Temos que buscar todos os meios legais, já busquei a Fundação Getúlio Vargas pelo setor jurídico, se eu não tiver resposta vou entrar com uma ação judicial para que tenhamos essas respostas”, afirmou.


Fanf1



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