Jovem mãe, após o parto, foi internada em estado grave ao lado de pessoas com covid e, quando achou que poderia melhorar, alega que o hospital acabou com o seu maior sonho por meio de uma cirurgia
Jovem mãe passa por negligência médica e perde chance de ter casal de filhos
Uma jovem mãe, de 19 anos, teve seus sonhos destroçados e acusa hospital de negligência médica no município de São Vicente, litoral de São Paulo.
De acordo com a vítima, que estava gestante, ao ser internada no dia 23 de abril de 2020, ficou cerca de 12 horas em trabalho de parto: “5 horas da tarde até às 5 horas da madrugada tentando ganhar minha filha, normal, mas minha filha não saía, quando foi às 5 horas da madrugada me levaram para a sala de cirurgia e fizeram parto cesárea, tive minha filha 5h08 da madrugada, depois disso tudo ocorreu normal”, conta a paciente.
Porém, ao receber alta do Hospital São José, onde foi inicialmente internada para o parto, recebeu uma carta suspeita.
“Eles escreveram no papel que, em caso tem inflamação ou algo parecido era para voltar para o hospital, eu achei estranho depois de um dia e meio depois de ter recebido a alta eu tive que voltar porque eu não conseguia dormir, estava com falta de ar, eu ficava andando no quintal pra tomar ar, mas não adiantava minha bebê não conseguia mamar porque eu estava com muita febre e minha barriga estava muito grande! Parecia que eu estava grávida de novo”.
Ao retornar ao nosocômio São José, os médicos alegaram que a paciente precisaria passar por cirurgia, e que deveria ser o mais rápido possível, pois a jovem mãe estava com uma perigosa infecção no abdômen.
“Me levaram para o Crei, me deixaram na emergência junto com umas pessoas com covid, no outro dia fizeram a cirurgia que se chama histerectomia”.
*Histerectomia é uma cirurgia que consiste na remoção do útero da mulher.
A vítima, assustada, conta que passou mais de uma semana internada na emergência, sem contato com familiares e com a amada filha recém nascida. Após uma semana, o Hospital Municipal de São Vicente, antigo Crei, encaminhou a paciente ao São José para dar continuidade ao tratamento.
Dentro de um mês, a jovem mãe passou por outra cirurgia, pois os pontos foram abertos.
“Tive que fazer mais outra cirurgia, porque os pontos abriram, devido a anemia que eu estava. Foi difícil para mim, muito difícil ter uma cicatriz, até hoje sinto dor”.
A jovem hoje procura seus direitos, e alega não conseguir um advogado pelo serviço público, e não possui renda para contratar um profissional, pois seu sonho de ter um casal de crianças foi destroçado ao realizar o procedimento cirúrgico de histerectomia.
“Fiquei com ansiedade e depressão pós-parto, espero que me ajudem por favor! Peço a Deus todos os dias que tire essa dor de mim, que eu consiga todos os meus direitos”.
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