Homem com trombose resolveu acionar e pede R$ 50 mil
Um homem morador de Cuiabá com trombose venosa de veia gastrocnêmia medial esquerda, que é uma doença causada pela formação de coágulos nos membros inferiores, que pode obstruir artérias e atingir o pulmão, levando a morte, pede uma indenização de R$ 50 mil do hospital São Judas, unidade de saúde particular de Cuiabá. Além de não ter tido o tratamento adequado, o paciente teria sido vítima de uma “troca de receita” de medicamentos e acabou seguindo a prescriçãode um outro paciente.
O caso ocorreu em 2019. Além de seguir o receituário médico de outra pessoa, o paciente também se queixa de que foi submetido a um tratamento “inadequado” da cardiologista A.R.D. que deu alta ao homem com trombose no dia seguinte à sua internação.
A suposta vítima de erro médico conta ainda nos autos que as doses e medicamentos prescritos pela profissional que atende no Hospital São Judas também estavam equivocados. Segundo informações do pedido de indenização por danos morais, o paciente procurou assistência médica sentindo fortes dores nas pernas, em abril de 2019.
A médica que o atendeu inicialmente o orientou a “iniciar o tratamento de trombose venosa, ante ao alto estado de gravidade que se encontrava”. Posteriormente, o homem com trombose conta que foi “imediatamente” até o Hospital São Judas, onde foi atendido pela cardiologista A.R.D., estranhando quando recebeu alta no dia seguinte à sua internação, e percebeu que seguia a receita de outro paciente.
Uma diretora da unidade de saúde particular teria, inclusive, admitido o erro. “O requerente, confiando na análise da médica, voltou para casa, com o atestado médico e receituário com a prescrição dos medicamentos, ambos carimbados e assinados pela 2ª requerida. Entretanto, o requerente continuou sentindo as dores na perna esquerda. No dia 20 de abril de 2019, o requerente notou o erro, uma vez que o exame pertencia à outra paciente e retornou ao Hospital São Judas Tadeu (1ª Requerida). Ao relatar, o ocorrido a própria diretora do Hospital reconheceu que foi um erro a liberação do requerente”, diz trecho do processo.
O paciente foi internado novamente, recebendo a receita médica “certa”. No entanto, quando recebeu alta desta segunda internação, ele procurou novamente a médica que havia lhe atendido no início com a sua receita e teve outra “surpresa”.
A cardiologista A.R.D. havia receitado doses de medicamento equivocadas. “Ocorre Excelência que o requerente foi novamente surpreendido, no momento em que a [sua médica], tomou conhecimento dos receituários, observou que as dosagens prescritas estavam totalmente erradas em quantidade muito superior as realmente necessárias, que ao invés de melhorar a situação clínica do paciente, estava sim piorando a situação”, revela outro trecho dos autos.
Além do Hospital São Judas, a cardiologista que atende o paciente na unidade de saúde particular também responde ao processo. Uma audiência de conciliação entre as partes esta convocada para o dia 2 de setembro de 2021.
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