domingo, 31 de outubro de 2021

Após morte de paciente, familiares acusam Hospital da Mulher de negligência médica

A direção do hospital se pronunciou sobre o ocorrido


Os familiares de Ana Célia de Jesus Santana, 44 anos, estão acusando o Hospital da Mulher de negligência médica.  Ela estava grávida, teve o bebê através de uma cesariana, mas devido a complicações, não resistiu no final da manhã desta segunda-feira (25).

A irmã da paciente, Cristiane de Jesus Santana, informou à reportagem do Acorda Cidade que Ana Célia deu entrada na unidade na última sexta-feira (22), já sentindo muitas dores.

"Minha irmã não teve nenhuma assistência aqui desde a hora que ela chegou até esse exato momento. Ela deu entrada na sexta-feira de noite e os médicos tentando induzir o parto e ela pedindo socorro porque não tinha condições, trouxemos até os papéis para fazer a ligadura nela, e isso não foi feito. No momento eu dei uma de doida, chamei o marido dela, ele invadiu lá dentro, foi na hora que veram correndo buscá-la e levá-la direto para o centro cirúrgico. Depois que ela teve o neném, não pôde ficar nenhum acompanhante com ela lá dentro. Ela não teve parto de risco, porém o filho dela nasceu com praticamente 5kg e ela não tinha abertura para fazer esse parto e depois disso, ela ainda ficou se queixando de dores e informaram que era por conta do parto, que era normal, mas ela não estava sangrando, nem nada", explicou.



Após o parto, os familiares de Ana Célia, solicitaram que a gestante tivesse acompanhante, mas o pedido foi negado. Segundo Cristiane, Ana Célia já era considerada como acompanhante do bebê.

"Depois que deram alta, a gente pediu para acompanhá-la, mas eles não deixaram e a própria assistente social informou que o caso dela era delicado, precisava de acompanhante, não tinha condições de ficar sozinha. Ana Célia caiu sozinha dentro de um banheiro, não teve ajuda de ninguém, se estivéssemos com ela, estaríamos ajudando, mas dessa queda, ela não voltou mais. Se tivesse alguém lá com ela, prontamente, iríamos pedir o socorro, mas ela não tinha o direito, porque como o menino estava internado, ela já era a acompanhante do bebê", lamentou.

Ainda segundo a irmã da paciente, uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, mas a equipe foi informada que nada poderia fazer.

"Eles solicitaram a Samu aqui para vir buscá-la, mas disseram que não poderiam fazer nada, porque ela já estava morta e a família agora vai entrar na justiça porque é necessário fazer justiça, para que outras famílias não venham passar por esta situação que estamos passando. Ela estava bem, não era parto de risco e isso não pode ficar impune, uma mulher de 44 anos de idade, nova, saudável, era o seu terceiro filho", concluiu.

A Secretaria Municipal de Comunicação se manifestou e publicou a seguinte nota:

“Toda a equipe médica foi acionada para prestar atendimento à paciente. Porém, infelizmente, ela faleceu”. A informação é da diretora médica do Hospital Inácia Pinto dos Santos, o Hospital da Mulher, Andreia Alencar, esclarecendo sobre a morte da paciente A.C.J.S, 44 anos, ocorrida no final da manhã desta segunda-feira, 25.

Com histórico de comorbidades, a paciente estava de alta hospitalar há oito dias e, apenas, acompanhava o recém-nascido internado no Hospital da Mulher para tratamento clínico, quando inesperadamente apresentou um quadro de sangramento agudo e intenso.

Conforme o prontuário, a paciente “foi levada de imediato ao Centro Obstétrico, onde foi feito todo o protocolo medicamentoso para contenção da hemorragia. Por não ter êxito com medicamentos foi realizada histerectomia subtotal [retirada do útero], mantendo-se estável”.

No entanto, no domingo, ainda na sala de recuperação pós-anestesia, apresentou parada cardiorrespiratória, sendo reanimada por volta de 1h10. A equipe médica solicitou vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas, mesmo com o leito reservado, o quadro de instabilidade não permitia a transferência.

A parturiente foi levada novamente ao Centro Cirúrgico por apresentar sangramento interno, sendo assistida por equipe de anestesista, obstetras, cirurgião geral e de Enfermagem. Ainda conforme o prontuário, ela apresentou um quadro gravíssimo de coagulação intravascular disseminada, situação que os mecanismos de coagulação não são mais eficazes. Apesar de todos os esforços, a paciente faleceu.

A Fundação Hospitalar de Feira de Santana lamenta profundamente o ocorrido, e se solidariza aos familiares pela irreparável perda. Vale salientar que a paciente estava com acompanhante.



Acorda Cidade




Família de idosa com rosto 'comido por tumor' alega negligência em atendimento médico no litoral de SP

 

Sintomas surgiram em 2019, quando paciente começou a buscar por diagnóstico, tratamento e atendimento adequado em Praia Grande.


Á esquerda, o tumor em 2019; à direita, o tumor atualmente

Terezinha Marangoni de Souza, de 83 anos, está à procura de atendimento público para um tumor maligno em sua face, que surgiu inicialmente como uma ferida, em 2019. A idosa mora em Praia Grande, no litoral de São Paulo, e ainda não conseguiu realizar uma cirurgia ou o tratamento necessário. Nesse período, o rosto dela vem sendo "comido pelo tumor", segundo sua neta, o que causa muita dor.

A neta da paciente, Luana de Souza Azevedo, de 41 anos, mora com a avó e acompanha essa situação desde o início. Quando a ferida surgiu, há mais de dois anos, ela buscou tratamento e diagnóstico para a avó. Nesse meio tempo, foi realizada uma "cirurgia de limpeza" em Terezinha.

"A médica que operou minha avó não poderia ter operado. Ela desconfiou que era câncer e fez uma cirurgia de limpeza sem ter a biópsia, e isso agravou a ferida", relata a parente. Após o procedimento, Luana diz que a situação da idosa ficou mais delicada ainda, porque era ela quem tinha que realizar os curativos e a limpeza do ferimento, que ficou exposto.

Segundo a neta, a médica disse que faria uma "gambiarra" para deixar a paciente mais confortável. "No retorno, após a cirurgia, a médica disse que não poderia fazer nada pela minha avó", conta.

À esquerda, ferida após 'cirurgia de limpeza'; à direita, ferida semanas após o procedimento

Inconformada com a situação da avó, que usa cadeira de rodas e tem histórico de acidente vascular cerebral (AVC), Luana diz estar desesperada, pela gravidade da doença. Ela conta que, após o diagnóstico de carcinoma epidermóide, a avó entrou na fila de procedimentos oncológicos do Sistema Único de Saúde (SUS), mas o tratamento continua inexistente na rede pública de Praia Grande.

Luana comenta que a Secretaria de Saúde da cidade foi negligente, desde o momento em que demorou para realizar a biópsia, que foi solicitada em 2019 e realizada em 2021. "Mesmo sabendo do histórico da minha avó, não adiantou o tratamento dela", diz.

"Além de ninguém dar a vaga para a minha avó, e ela estar perdendo o olho, a prefeitura praticamente nega o atendimento, porque nunca tem oncologista nos hospitais", desabafa. A neta reforça que o desejo dela, e de sua avó, é conseguir o tratamento adequado. "Minha avó sente dores 24 horas por dia. Os remédios analgésicos que deram para o pós-cirúrgico já não fazem mais efeito", diz.

Sobre a fila do SUS, a parente relata que não apresenta nenhum avanço. "A fila não anda, e quando ligo para a Secretaria de Saúde de Praia Grande, eles dizem que 'logo sai', mas é mentira", desabafa. Apesar da demora para o atendimento de Terezinha, o pedido para cirurgia oncológica foi encaminhado com urgência. "Minha avó precisa de atendimento agora. Se demorar mais, não precisará mais tratar", conclui.

À esquerda, ferida de Terezinha em 2019; à direita, ferida em 2020

A doença


O médico oncologista André Perdicardis explica que o carcinoma epidermóide é um tipo de tumor maligno epitelial e vegetal. Por ser epitelial, ele atinge a pele, e a característica de vegetal é por ele crescer para fora ou para dentro dela, no sentido de profundidade.

Perdicardis diz que, à princípio, a cirurgia para casos de carcinomas epidermóides é a retirada total do tumor. Entretanto, ele alerta que o procedimento depende da quantidade de órgãos internos que foram afetados. Ele reforça, porém, que existem tratamentos para o câncer, caso a remoção seja inviável.

Sobre o câncer de Terezinha, o médico comenta que o tumor está em estado extremamente avançado, e ainda calcula que, provavelmente, já atingiu a órbita ou o tecido ósseo da paciente. O especialista pontua que o caso pode se tratar de negligência médica, porque, "algum dia, esse tumor foi pequeno".

Tumor de Terezinha em outubro de 2021. Ela aguarda tratamento e atendimento adequados

Secretaria de Saúde de São Paulo


Por nota, a Secretaria de Saúde de São Paulo pontuou que o caso em questão está sendo monitorado, e que a paciente será encaminhada para serviço de referência. A pasta afirma que o encaminhamento de pacientes a atendimentos especializados é de responsabilidade dos municípios, que possuem autonomia para definir os casos prioritários. Em caso de dor ou situação emergencial, a secretaria diz que a paciente deve procurar o serviço de saúde mais próximo de sua residência.

Prefeitura de Praia Grande


A Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande informou que todos os recursos existentes na rede municipal já estão sendo disponibilizados para a paciente. A pasta pontua que o tratamento oncológico é responsabilidade e realizado em unidade referência do Governo do Estado. A cidade diz que incluiu a paciente na Rede Hebe Camargo, responsável por ofertar este atendimento. O acesso ocorre pela regulação estadual, por meio da central de vagas.

A secretaria reitera que, no SUS, os tratamentos de alta complexidade, como de oncologia, são realizados em unidades de referência do Governo do Estado. O órgão diz que, na Baixada Santista, existem hospitais públicos indicados para este tipo de tratamento. A pasta ainda diz que a cidade de Praia Grande não tem base legal para buscar atendimento na rede privada.

Terezinha Marangoni de Souza busca atendimento urgente de tumor no rosto 








sábado, 30 de outubro de 2021

MPF: Estado do AM é condenado a atender normas para humanização do parto e prevenção da violência obstétrica

 Profissionais contratados devem seguir protocolos recomendados para garantir cuidados no atendimento de mulheres grávidas, em estado puerperal e também aquelas que sofreram aborto; canais de denúncia devem ser disponibilizados



Em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), a Justiça Federal condenou o Estado do Amazonas à obrigação de garantir que todos os profissionais que atendam na rede estadual de saúde pautem suas atuações em protocolos clínicos e diretrizes baseadas em evidências científicas definidas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e aprovadas pelo Ministério da Saúde como tecnologias mais benéficas para o resguardo da saúde da mulher.

De acordo com a sentença, o Estado do Amazonas também deve garantir que todos os profissionais que atendam na rede estadual de saúde passem por atualizações com periodicidade, preferencialmente anual, em conformidade com as normas que regem a humanização do parto.

"Ao condenar o Estado do Amazonas na ação ajuizada pelo MPF e MP-AM, a Justiça Federal reconhece que o Estado do Amazonas tem violado o direito das mulheres a um atendimento adequado durante a gravidez e parto. Trata-se de uma decisão histórica, que soma à luta pelos direitos das mulheres e fortalece a atuação do Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Obstétrica no Amazonas em um momento de renovação dos compromissos interinstitucionais formados no ano de 2016", concluiu a procuradora da República Bruna Menezes, coordenadora do comitê.

Os profissionais que, sem justificativa idônea e devidamente registrada, tenham atuado em desconformidade com as normas e protocolos do Conitec e do Conselho Federal de Medicina (CFM) no que diz respeito ao atendimento às parturientes devem ter seus atos apurados em procedimento administrativo, com contraditório e ampla defesa, conforme a sentença judicial. Se for o caso, esses profissionais devem ser afastados do exercício das atividades na rede pública de saúde.

Recebimento de denúncias – O Estado do Amazonas ainda deverá assegurar o funcionamento, em tempo integral, de ouvidorias ou outros mecanismos de recebimento de denúncias que concedam aos denunciantes número de protocolo para acompanhamento, “preferencialmente estabelecendo um protocolo único integrado para o registro das demandas, podendo funcionar, inclusive, através de meio virtual”. Todas as denúncias recebidas pela Secretaria Estadual de Saúde, com relação ao funcionamento da rede de atendimento à parturiente, devem ser finalizadas em tempo oportuno. Em caráter urgente, a sentença determina que o Estado do Amazonas deverá apresentar, no prazo de três meses, planejamento que garanta a possibilidade de recebimento, 24 horas por dia, de denúncias e solicitações dos usuários dos serviços na rede pública do Amazonas.

A implementação de Comissões de Revisão de Prontuários, conforme a Resolução do Conselho Federal de Medicina nº 1638/2002, também é uma das obrigações determinadas pela Justiça Federal. A título de danos morais coletivos, o Estado do Amazonas foi condenado ao pagamento de R$ 1 milhão, a ser destinado a fundo previsto na Lei nº 7.347/1985.

Obrigações em contratos – Outras determinações da Justiça, de caráter urgente, estão relacionadas à apresentação de contratos firmados pelo Estado do Amazonas à Justiça Federal, no prazo de três meses. Esses documentos, segundo a sentença, devem dispor de cláusulas claras e explícitas quanto à obrigatória atualização profissional e quanto à observância das normas técnicas definidas pela Conitec como diretrizes para a atenção à parturiente e abortante no Sistema Único de Saúde. Devem ser estabelecidos mecanismos para a intervenção e eventual afastamento, por parte do Estado, de profissionais que não atuem de acordo com o que é estabelecido nas normas e diretrizes nacionais de humanização hoje vigentes, exceto os casos que disponham justificativa idônea, devidamente registrada em prontuário.

Caso não haja assinatura de contrato nesses termos, o Estado deverá apresentar um plano para lançamento de edital nacional com a finalidade de contratar novos profissionais ou para a realização de concurso público para substituição de profissionais contratados que não se adequarem às diretrizes de humanização do parto vigentes.

A ação civil pública do MPF e do MP-AM foi ajuizada em 2018, durante a Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, cuja programação contou com caminhadas, rodas de conversas dentro de maternidades e palestras. O documento traz relatos impactantes de casos de violência obstétrica ocorridos no Amazonas, apresentados ao comitê.

O processo segue tramitando na 3ª Vara Federal do Amazonas, sob o número 1005413-82.2018.4.01.3200. Ainda cabe recurso em relação à sentença.




Violência obstétrica: Defensoria faz alerta que vítimas devem registrar oficialmente as denúncias

 

Mulheres relatam sofrimento e negligência em maternidade de Maceió.







sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Família denuncia negligência médica após menino de três ano morrer em hospital de Ribeirão

 Miguel Resende Lucas era filho único; segundo a mãe febre tiveram início na semana do dia das crianças



Garoto tinha três anos e morreu na manhã desta terça-feira (26) em decorrência de uma pneumonia no Hospital das Clínicas (HC) em Ribeirão Preto, o garoto reclamava de dores abdominais, apresentou febre e falta de ar. 

O atendimento inicial aconteceu no CSU na semana do dia das crianças, “a médica disse que não era nada, apenas um resfriadinho”, explica a mãe. Após esse primeiro atendimento o garoto apresentou dores abdominais e foram feitos exames de sangue pois suspeitaram de apendicite.

Segundo a mãe, os médicos não investigaram outras possíveis motivações. Na UBDS Vila Virgínia outros exames foram realizados e o garoto foi encaminhado para o HC para mais orientações.

A família se encontra desolada no momento, mas afirma que as medidas cabíveis vão ser tomadas. 

O outro lado

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, o paciente foi atendido no sábado (23) na UBDS Vila Virgínia, no centro de Ribeirão Preto, com febre e retornou no dia seguinte com dores na garganta e abdômen.


Portal Thathi



Mulher contrai infecção e tem útero removido após o parto; família denuncia maternidade

 


Um novo caso de suposta negligência médica na Maternidade Nossa Senhora de Fátima, no Centro de Maceió, foi denunciado à TV Pajuçara / Record TV. Desta vez, uma jovem e o filho estão internados em estado grave após, segundo familiares, "uma cesariana desastrosa" na unidade hospitalar. Moradora de Novo Lino, Fernanda Calheiros, de 27 anos, deu à luz ao pequeno Nathanael no dia 10 deste mês. Passados dois dias, ela retornou ao município onde reside, mas sem o bebê, que foi transferido em estado grave para o Hospital Veredas. 

A angústia pela ausência e internação da criança foi piorada após a jovem começar a apresentar complicações pós-parto. "Ela chegou em Novo Lino e começou sentir dores que não passavam. Primeiro ela foi num posto de saúde e de lá a encaminham ao Hospital de Joaquim Gomes, onde um médico orientou que tomasse remédio para gases, porém as dores não passaram e ela retornou ao hospital, quando um médico tocou na barriga dela e pediu encaminhamento com urgência para o Hospital Regional da Mata", contou Felipe Calheiros, primo de Fernanda, em entrevista ao repórter da TV Pajuçara, Netto Motta.

De acordo com Felipe Calheiros, no dia 18 de outubro, quando a jovem deu entrada na emergência Hospital Regional da Mata, ela foi submetida a um procedimento para retirada do útero. "Foi feita a retirada de útero às pressas. Segundo o relato do médico, estava infeccionado, com necrose e ela estava com bastante sangramento devido à cesariana, que nas palavras deles, foi uma cesariana desastrosa", detalhou.

A jovem segue internada em estado grave no Hospital Regional da Mata, em União dos Palmares, e o bebê segue no Hospital Veredas, na capital. "Está sendo bem complicado e triste, porque ela estava feliz e teve uma gestação super saudável. Depois disso, ela e o filho sequer se encontraram", acrescentou.

Parentes de Fernanda Calheiros já estão em posse de relatórios médicos dos hospitais de Joaquim Gomes e União dos Palmares e também solicitaram o da maternidade, que pediu 15 dias para atender a solicitação. O caso, no entanto, já foi denunciado à Polícia Civil.


TNH1 entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), responsável pela regulação da maternidade, e foi informado que uma investigação interna vai apurar as denúncias. "A Sesau informa que já determinou a abertura de sindicância administrativa para a apuração dos fatos alegados pelos familiares das usuárias atendidas na Maternidade Nossa Senhora de Fátima", trouxe a nota. A reportagem também entrou em contato com a assessoria de comunicação do Veredas para saber o estado de saúde do bebê, mas foi informada que o hospital não fornece boletins médicos, a não ser para os familiares.

Gravida já morreu na maternidade - No último dia 21,  a auxiliar de cozinha Mayara Stefanny da Costa Nascimento, de 25 anos, morreu com complicações pós-parto na Maternidade Nossa Senhora de Fátima. Ela estava grávida do terceiro filho, que também sofreu complicações e foi intubado. Familiares acreditam que Mayara foi vítima de negligência na maternidade e denunciaram o caso para que a polícia investigue.


TNH1



quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Jornalista Gilberto Nascimento relata o drama da morte de sua mãe numa unidade da Prevent Senior

 O escritor denuncia a Prevent Senior do bairro Paraíso, em São Paulo: “O hospital recusava-se a continuar a mantê-la em tratamento, alegando que ela já era muito idosa. Deixaram minha mãe morrer!”



O jornalista e escritor Gilberto Nascimento, de 63 anos, está denunciando médicos da unidade hospitalar da Prevent Senior, no bairro Paraíso, em São Paulo, que teriam se recusado a manter o tratamento de sua mãe. A aposentada Terezinha de Jesus estava com Covid-19 e morreu em 24 de março, aos 87 anos.

“O hospital recusava-se a continuar a mantê-la em tratamento, alegando que ela já era muito idosa. Deixaram minha mãe morrer!”, afirmou, Nascimento, de acordo com reportagem de Saulo Pereira Guimarães, no UOL.

O jornalista diz, ainda, que a Prevent Senior não entregou o prontuário médico de sua mãe, mesmo após encerrado o prazo de entrega.

Em 28 de setembro, Bruna Morato, advogada de 12 médicos que elaboraram um dossiê com denúncias contra a Prevent Senior, afirmou à CPI do Genocídio que a operadora de saúde implementou uma política interna de “coerção”, pois os profissionais de saúde eram obrigados a receitar o “Kit Covid” por medo de retaliações e até demissões.

Gilberto Nascimento divulgou um relato forte e indignado sobre a morte de sua mãe:

“Minha mãe, Terezinha de Jesus, dona de casa, vítima de Covid-19, morreu em um hospital da rede Prevent Senior, no dia 24 de março de 2021. Ao menos em dois momentos, o hospital, por meio de seus médicos, afirmou que não valeria a pena mantê-la em tratamento, alegando que seria muito idosa. Isso quando toda a milionária propaganda da Prevent Senior é voltada para o atendimento, ou suposto atendimento, de pessoas idosas.

Com suspeitas de contaminação por Covid, minha mãe recebeu o ‘Kit Covid’ em casa, sem passar por qualquer consulta. Porém, eu a encaminhei para o hospital antes de esses medicamentos ineficazes chegarem. Minha irmã, Elisabete de Jesus Nascimento Malavolta, havia tentado antes uma consulta por telemedicina, mas desistiu ao constatar que apenas atendentes – e nunca um médico – ouviam os relatos dos pacientes e, em seguida, enviavam por meio de um motoboy os tais remédios.

No dia 20 de fevereiro (sábado), no início da madrugada, minha mãe deu entrada na unidade da Prevent Senior no bairro da Mooca. A primeira coisa que eu disse para o médico que a atendeu foi que não lhe desse de forma alguma hidroxicloroquina ou outro desses medicamentos ineficazes. Ele confirmou que esses remédios faziam parte do protocolo do hospital, mas disse não havia prescrito. Tive de confiar na sua fala.

Amarrada

No mesmo dia, minha mãe foi removida para a unidade da Prevent Senior no Paraíso. No quarto dia de sua internação, minha outra irmã, Elisete Bento Nunes da Silva, foi visitá-la. Encontrou minha mãe amarrada à uma cama. Achamos aquilo um absurdo. Os médicos do hospital se justificaram dizendo ‘ser necessário’ o procedimento porque minha mãe estaria ‘arrancando a máscara de proteção com as mãos’.

Após essas explicações, uma médica, identificada como Mariana, disse que minha mãe tinha ‘coração de 90 anos, fígado de 90 anos e rim de 90 anos’. Minha mãe estaria tendo uma piora e, segundo ela, em casos de pessoas com essa idade a intubação não é a melhor solução, ‘pois não tem o que fazer, e ela não se recupera mais’.

As chances de minha mãe voltar a ser como era seriam muito pequenas, sentenciou a médica. A idade biológica da minha mãe era 87 anos. Por um erro no cartório, ela foi registrada como se tivesse nascido dois anos antes.

A mesma médica comentou que minha mãe tinha uma ‘ventania no coração’. Teria problemas cardíacos. Minha irmã Elisete respondeu que ela nunca teve sopro no coração, que fazia exames periodicamente e nunca havia sido detectado nada. Jamais tivemos conhecimento de que ela apresentasse qualquer doença do coração.

Tememos que possam ter dado hidroxicloroquina ou outros medicamentos inadequados para ela no hospital, ocasionando então um problema cardíaco. A contaminação de minha mãe pelo Covid era recente e estranhamos também aquela piora tão rápida.

Esperamos que não tenha sido pelo uso da hidroxicloroquina. Mas, diante de inúmeras denúncias e das reiteradas práticas da Prevent Senior, achamos importante que esse fato possa ser investigado e esclarecido.

Intubação ou cuidados paliativos

Como o quadro de minha mãe teria piorado, a médica disse para minhas duas irmãs no hospital que seria necessária uma decisão da família pela intubação ou o início de cuidados paliativos, e que essa decisão precisava ser tomada em poucos minutos. Ela sugeria os cuidados paliativos, que seriam aplicados em uma outra unidade da Prevent Senior.

Minhas irmãs que lá estavam, e eu e outro irmão, por telefone, decidimos pela intubação, pois minha mãe não tinha comorbidades, era muito ativa, estava bastante lúcida e gostava muito de viver.

Logo depois disso, a médica e a equipe de enfermagem entraram no quarto de minha mãe. Minhas irmãs ainda conversaram com ela, totalmente consciente naquele momento. Daí em diante, por um longo tempo, foram muitas as entradas e saídas de médicos e membros da equipe de enfermagem no quarto de minha mãe.

Minhas irmãs e uma sobrinha, Luiza, ficaram no saguão do elevador, de onde tinham visão do quarto e escutavam as conversas. Minha sobrinha Luiza ouviu um médico questionar: ‘Para que intubar uma pessoa de 90 anos?’.

Visivelmente a contragosto, iniciaram a intubação. Ao final, a médica comentou que houve muita dificuldade para o procedimento. Informaram, enfim, que minha mãe seria transferida para a UTI.

Infelizmente, isso não ocorreu. No dia seguinte, recebemos um telefonema para irmos urgentemente ao hospital. Quando minhas irmãs lá chegaram, não encontraram minha mãe. Tentaram impedi-las, mas elas saíram procurando pelo prédio do hospital.

Descobriram depois que ela estava largada, numa sala de espera de um pronto-atendimento no segundo andar, sem acompanhamento médico em tempo integral, intubada, mas sem qualquer outro cuidado. Fora deixada num canto reservado, escondida apenas por uma pequena cortina e a pouquíssimos metros de dezenas de doentes que esperavam por atendimento ou consultas.

Sem internação

Não queriam encaminhá-la de jeito nenhum para a UTI. Repetiam que não ia ‘adiantar nada’ por causa de sua idade. A médica insistia, então, para que autorizássemos a transferência para a outra unidade da Prevent Senior. Diante daquele quadro, protestamos imediatamente. Ficamos indignados com o descaso. Minha mãe só foi encaminhada para a UTI depois da interferência de meu genro, médico, que esteve no hospital.

Daí em diante, foram cerca de 30 dias na UTI. Com receio de ser atingido pela Covid – afinal, eu fora um dos únicos da família a não ter pego a doença -, eu não ia sempre ao hospital. Mas minhas irmãs estavam lá, diariamente.

Elas reclamavam em razão de os boletins médicos da Prevent Senior – fornecidos, na maioria das vezes, por um médico identificado como doutor Kalil – divulgarem sempre a informação de que minha mãe se mantinha num quadro estável ou vinha obtendo melhoras. O doutor Kalil falava com alegria e satisfação, como se ela já estivesse acordada e sem aparelhos.

Minhas irmãs enxergavam o contrário, ao verem minha mãe com as mãos inchadas ‘como se estivessem prestes a estourar’. Nos últimos dias na UTI, ela não dava nenhum sinal de que iria acordar. Estava com o corpo machucado, cheio de escaras (feridas) na região sacral (no fim da coluna), já com necrose. A Elisete, que é técnica em enfermagem, reclamava por não ver serem tomados os cuidados adequados a esse problema, como o banho e medicação.

O doutor Kalil anunciava a iminente liberação de minha mãe da UTI, como um sinal de recuperação e a provável volta para casa. Ele nos deu esperanças. Ao menos, a mim. Fiquei animado.

Mas, dois dias antes da morte de minha mãe, uma outra médica, identificada como Radija, voltou a falar da necessidade dos cuidados paliativos. ‘Já se passou muito tempo sem nenhuma melhora’, afirmou a médica. Para ela, não tinha mesmo sentido minha mãe continuar ali porque não haveria nada mais a fazer.

Minhas irmãs fizeram esse relato e eu pedi para o meu genro médico ir ao hospital, a fim de também avaliar o quadro e nos orientar. Era um sábado. Ele aguardou por cerca de quatro horas na calçada e no saguão do hospital, mas sua entrada não foi autorizada. A administração da Prevent Senior alegou que os andares do prédio passavam por uma limpeza naquele momento e ninguém de fora poderia acessar o seu interior.

Diante de uma piora de saúde de minha mãe, segundo a médica, ela queria a autorização para os iniciar os cuidados paliativos. Diante do longo tempo de dor e sofrimento, os quatro irmãos consultados entenderam não haver outra alternativa. Eu achava que ela deveria continuar sob tratamento, mas não tinha como contrapor. Consultando outros médicos, também não visualizei outras alternativas.

A médica Radija disse para minha irmã Elisete: ‘você fez a melhor escolha’. Ela informou que seriam aplicadas doses de morfina em minha mãe. Ela morreu às 19h10 do dia 24 de março de 2021. Minutos depois, ouvimos uma assistente do hospital comunicando a outra família que o leito dela estava vago.

Nos dois dias antes de sua morte, minha mãe já estava sem soro e sem a dieta nasoenteral (utilizada quando o paciente não pode ingerir alimentos sólidos por via oral). Questionada, uma enfermeira respondeu: ‘Isso já não é mais o principal. Ela não precisa disso’.

Minha mãe foi preparada para morrer. Esperamos que o Ministério Público de São Paulo, as CPIs da Pandemia no Senado Federal e da Prevent Senior na Câmara Municipal de São Paulo – e também os deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo que pediram a instalação de uma comissão – possam investigar e comprovar se foi adequado o atendimento dispensado aos idosos nos hospitais da Prevent de Senior.

São reiteradas as denúncias de que idosos não podiam passar mais de 30 dias internados e que leitos precisavam ser desocupados. Alguns médicos, como se vê, cumpriam rigorosamente essas orientações”, finalizou o jornalista.

Nota da Prevent Senior

Em nota, a Prevent Senior tentou se defender:

A Prevent Senior esclarece que o tratamento prescrito à senhora Terezinha de Jesus foi feito em comum acordo com familiares. No dia 19 de fevereiro foi atendida por uma médica, por telemedicina, e a família orientada que em caso de piora deveria ir diretamente a um pronto-socorro, como ocorreu no dia seguinte.

Todas as informações sobre a internação da paciente são protegidas por sigilo legal relativo ao prontuário médico. Os familiares podem divulgar o prontuário, que comprovará que todas as condutas necessárias foram adotadas, inclusive durante o período de intubação. Sobre o relato de que paciente ficou ‘amarrada’, na realidade trata-se de contenção mecânica, procedimento padrão adotado quando os pacientes ficam muito agitados.

A Prevent Senior está à disposição de todos os órgãos fiscalizadores para dar todos os esclarecimentos”.


Revista Fórum



Profissionais são acusados de errar medicação que causou morte de idoso em SC

 Homem de 62 anos morreu em março e após investigação da Polícia Civil que aponta erro em administração de medicação, dois técnicos de enfermagem foram indiciados

Caso aconteceu em março deste ano e Polícia Civil indiciou dois técnicos de enfermagem por morte de idoso

Oito meses após a morte de um idoso no hospital de Mafra, no Planalto Norte de Santa Catarina, a Polícia Civil encerrou a investigação e indiciou dois técnicos de enfermagem por homicídio culposo. O caso aconteceu em março deste ano e, de acordo com o delegado Lucas Magalhães, da DIC (Divisão de Investigação Criminal), os profissionais administraram o medicamento errado, o que teria provocado a morte do idoso.

O inquérito foi encerrado na terça-feira (26) e será enviado ao MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) no início da próxima semana. Segundo a investigação, o idoso de 62 morreu por aplicação indevida do medicamento midalozam. Ele foi internado para tratar uma insuficiência cardíaca e recebeu o sedativo que deveria ter sido administrado em outro paciente.

Ele estava internado na enfermaria, em estado estável e com previsão de alta para o dia seguinte. No entanto, após receber a medicação, sofreu parada cardiorrespiratória, precisou ser intubado e ficou seis dias internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Seis dias depois, morreu na unidade hospitalar.

O delegado explica que dois técnicos de enfermagem que participaram do atendimento foram indiciados por homicídio culposo “agravado pela inobservância de regra técnica da profissão”. Em depoimento, os profissionais alegaram erro no sistema de informática e que “apenas ministraram o remédio de acordo com a etiqueta que o sistema gerou”.

O hospital, explica o delegado, não foi responsabilizado. Em nota, o Hospital São Vicente de Paulo afirmou que o caso está sob avaliação do Coren (Conselho Regional de Enfermagem).






quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Paciente denuncia que ficou cega de um olho após cirurgia estética nas pálpebras, em Minaçu

 

Empresária registrou ocorrência na Polícia Civil, que investiga o caso. Ela conta que perdeu a visão dois dias depois do procedimento: 'Fica marcado para o resto da vida'.


Paciente denuncia que ficou cega de um olho após cirurgia estética nas pálpebras

A empresária Alessandra Veiga Lobo Collichio Ferreira, de 49 anos, denunciou que ficou cega do olho direito após fazer uma cirurgia estética para retirada de excesso de pálpebras acima dos olhos, conhecida como blefaroplastia, em Minaçu, no norte de Goiás. Ela registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil e está processando os médicos que fizeram o procedimento.

Ela revive o trauma toda vez que se olha no espelho.

"Ficou torrado. Olha a cor que está meu olho. Eu amava tirar foto. É uma coisa que fica marcada para o resta da minha vida", desabafa.

Em junho deste ano, o amigo da família e médico Ariano da Paz Melo convidou a empresária para passar pela cirurgia. Como ela sempre gostou de se cuidar, aceitou. Mas logo após o procedimento, ela sentiu que algo estava errado com o olho e, dois dias depois, perdeu a visão.

A Polícia Civil disse que pediu laudos periciais e só vai se pronunciar depois que receber os resultados. O médico Ariano da Paz Melo e outras duas médicas estão sendo ouvidos no inquérito.

Adriana Ferreira mostra que ficou cega do olho direito após cirurgia nas pálpebras em Minaçu, Goiás

g1 ligou nesta terça-feira (26) para a clínica Visage, em Minaçu, onde Ariano Melo atende, porém, a secretária informou que ele não vai falar sobre o caso e não pode passar o telefone do advogado dele.

O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) informou que não foi comunicado sobre a denúncia e que orienta a paciente a entrar em contato com o conselho para fazer a queixa para que a conduta dos profissionais possa ser apurada.

Segundo especialistas, a blefaroplastia é um procedimento simples. A mesma coisa foi dita para a empresária, que marcou a cirurgia para a mesma semana. Ela lembra que não passou por consulta ou exame pré-operatório.

Conforme tinha sido combinado, uma médica de Minas Gerais foi até a cidade para realizar o procedimento. De acordo com a empresária, a oftalmologista Ana Claudia Santos Queiroz foi quem fez a cirurgia, com a ajuda do amigo Ariano e da esposa dele, a anestesista Adriana Silva Aleixo.

A reportagem não conseguiu contato com Ana Claudia Santos Queiroz e Adriana Silva Aleixo.

Pós-operatório


Assim que acordou, a empresária sentiu algo errado com o olho direito.

“Senti um peso na testa. O olho repuxando e pesado. Falei: ‘Meu Deus, alguma coisa está estranha’. Fui para casa e passei em frente a um espelho. Quando olhei, meu olho estava louquinho se mexendo e eu com a cabeça quase explodindo”, explicou Alessandra Ferreira.

O marido da empresária, Eduardo Ferreira, avisou a situação para Ariano Melo. A pedido do médico, ele levou a esposa na clínica de oftalmologia Visage, onde atende. Lá, ela foi medicada por várias horas e depois mandada de volta para casa. Só que o olho não melhorava.

Empresária Adriana Ferreira antes da cirurgia nas palpébras em Minaçu, Goiás

Perda da visão


Alessandra Ferreira lembra que perdeu a visão dois dias depois da cirurgia. Mesmo assim, em mensagens, o médico tranquilizava o casal.

Em uma conversa, o marido pergunta:

"Ela meio que desesperou porque não enxerga do olho direito, é normal?".

O médico responde:

"Até essa reação inflamatória exagerada desse olho diminuir, é normal sim a visão ficar bem comprometida. Mas a partir do momento que for desinflamando, vai melhorando a visão".

Médicos Ariano Melo, Ana Cláudia Santos Queiroz e Adriana Silva Aleixo fizeram a cirurgia, segundo a empresária, em Minaçu, Goiás

Cinco dias depois do procedimento, Alessandra e o marido procuraram uma segunda opinião. Ao ver a foto de como estava o olho, um segundo oftalmologista orientou que a empresária corresse para buscar atendimento em Goiânia.

No hospital Banco de Olhos, na capital, o marido foi o primeiro a receber a notícia da cegueira da esposa.

“Resolveram entre eles tentar salvar o olho. Mas eles falaram que a visão não teve jeito porque teve descolamento de retina e perfuração na córnea”, disse o marido.

Laudo médico afirma que Adriana Ferreira teve uma infecção no olho após a cirurgia nas pálpebras em Minaçu, Goiás

Remédios controlados


Quatro meses depois e três cirurgias, a empresária ainda está com o olho muito vermelho e toma dois remédios controlados.

Em um laudo médico de setembro deste ano, um médico explica que o olho sofreu uma endoftalmite, uma infecção grave logo depois da cirurgia.

“Como você entra para fazer uma cirurgia simples de estética de pele no olho, perde a visão, e dois dias depois as pessoas dizem que não tiveram culpa?”, questiona o marido.