Grupo caminhou com cartazes, distribui cartilhas e pediu construção de maternidade. Ministério Público apura denúncia coletiva.
Protesto em Castanhal pediu fim da violência obstétrica
Mulheres protestaram em Castanhal, no nordeste do Pará, na manhã deste sábado (16) contra a violência obstétrica. O grupo reclama do atendimento em um hospital da cidade e pediu a construção de uma maternidade.
O Ministério Público do Pará (MPPA) recebeu uma denúncia coletiva e deve recomendar a melhorias dos serviços prestados na região.
"Tombamos um procedimento administrativo, marcamos reuniões para ouvir as vítimas e, a partir disso, vamos dar prazo para que se adequem, principalmente na questão do atendimento e qualificação de quem trabalha ", informou o promotor de Justiça de Castanhal, Danilo Colares.
Os participantes do protesto percorreram ruas da cidade com faixas e cartazes e houve a distribuição de cartilhas informativas.
Em nota, o conselho Regional de Medicina informou que todas as denúncia que chegam ao CRM, por meio de pacientes, médicos ou pelo Ministério Público, são apuradas.
Grupo protestou neste sábado em Castanhal (PA) contra violência obstétrica
A reportagem não conseguiu posicionamento do hospital da cidade e da prefeitura até o início da tarde deste sábado.
Protesto em Castanhal contra a violência obstétrica e pedindo construção de maternidade na cidade paraense
Segundo a doula Stella Lima, é necessário denunciar quando ocorre este tipo de violência, que pode ser física e também psicológica.
"A mulher ouvir coisas assustadoras durante seu processo gravídico puerperal, como "cala a boca", "se você ficar gritando, não vou ajudar", "o bebê vai morrer", então acaba botando pressão nessa mulher", explica.
Rita Monteiro sofreu violência obstétrica há quatro anos em um hospital do município.
"Teve violência psicológica, teve restrição de movimento, fui obrigada a parir deitada, teve exame de toque sem meu consentimento, sem me avisar", detalha.
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