Uma família de Rio Preto teve de apelar para as redes sociais para conseguir a transferência de uma idosa, com suspeita de AVC, para a Santa Casa de Rio Preto.
Uma semana após apresentar os primeiros sintomas do acidente vascular cerebral, e de internar três vezes em UPAs da cidade, a dona de casa Diva da Silva Fernandes, de 62 anos, ainda não tinha sido submetida a exame de tomografia.
As filhas dela, Lilia Fernandes e Si Fernandes, denunciaram o (des)caso na internet.
Por telefone, Lilia disse que a mãe acordou na última sexta-feira, 15, com dificuldades para andar e, durante o dia, o quadro evoluiu para alterações na fala.
"Levei minha mãe para a UPA Norte e a médica disse que eram sintomas de uma depressão severa, porque minha mãe deixou de fazer uso dos medicamentos. E nos orientou a procurar o Crass ou o Hospital Bezerra. Então fomos liberadas”, conta.
Na terça-feira, 19, a mulher levou dona Diva no Bezerra e a avaliação foi diferente. A médica disse que não se tratava de questão psiquiátrica, mas neurológica, e emitiu um documento de encaminhamento para consulta com especialista.
Novamente, a idosa deu entrada na UPA Norte. "Ficou dois dias só tomando soro até receber alta”, denuncia Lilia.
Na quinta-feira, 21, a filha decidiu pagar uma consulta particular e o médico, que segundo ela é especialista, constatou sinais de AVC, sem sombra de dúvidas. E escreveu uma carta com indicação de urgência para avaliação.
Desta vez, a família levou dona Diva para a UPA Tangará, mas a equipe médica teria discordado da urgência. "Disseram que se fosse AVC mesmo, não havia mais nada que poderia ser feito. Mas minha mãe começou a reclamar de fortes dores de cabeça e fraqueza nas pernas”.
Nesta sexta-feira, 22, após a publicação da denúncia nas redes sociais, saiu a autorização de transferência da idosa para a Santa Casa.
Já no hospital, Lilia disse que a mãe será finalmente submetida a exames de sangue e urina, além de raio-x do pulmão e tomografia.
Ela pretende registrar boletim de ocorrência contra a Secretaria de Saúde por negligência médica.
A reportagem já solicitou nota à Prefeitura de Rio Preto e aguarda resposta.
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