“É muito complexo, eu brinco com algumas coisas, às vezes nisso eu pequei realmente. Você brincar com algumas coisas. Não foi o meu objetivo, mas durante o exame físico, eu tenho que fazer o toque, o ginecologista que não faz o toque em sua paciente ele não examinou assim como o cardiologista que não escuta o coração do paciente ele não examinou”, justificou médico ginecologista.
O médico ginecologista reconheceu erros no atendimento às pacientes, pontuando comentários inadequados e brincadeiras. “Muitas vezes, elas falam… ‘Eu fiz alguma coisa assim, será que vai acontecer alguma coisa?’, a gente até… um erro meu, concordo, brinca no Whatsapp, faz alguma brincadeira, comenta alguma coisa de forma inadequada, concordo que fiz isso, isso estou errado.”
Apesar de tudo, Morais diz que jamais chegou a ir além das brincadeiras. “Mas nunca, em nenhum momento, eu toquei numa paciente com objetivo de ter prazer sexual ou de fazer ela ter prazer sexual porque o objetivo ali é de fazer o exame físico”, concluiu.
MP reage a soltura do médico ginecologista
Tão logo Nicodemos teve sua soltura liberada, o Ministério Público de Goiás (MPGO) anunciou que vai recorrer da decisão. O médico ginecologista foi denunciado por 53 mulheres e ficou preso em Anápolis por cinco dias. Ele foi libertado na segunda-feira (04/10) após determinação da Justiça.
O recurso será protocolado pela 8ª Promotoria de Justiça de Anápolis. Em nota, o MPGO disse que entende que a concessão de liberdade ao médico “está equivocada ao ignorar os relatos de mais de 50 vítimas.”
De acordo com a promotora de Justiça Camila Fernandes Mendonça, a prisão é necessária para a garantia da ordem pública. Ela argumenta ainda que a detenção dele colabora para a conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal.
Médico ginecologista foi solto por decisão judicial
O médico Nicodemos Júnior Estanislau de Morais foi solto após decisão judicial nesta segunda. O juiz Adriano Roberto Linhares Camargo considerou que o ginecologista tem residência fixa e é réu primário.
O despacho determina que ele não entre em contato com as vítimas, tampouco exerça a profissão. O ginecologista deverá ficar em casa e será monitorado por uma tornozeleira eletrônica.
Denúncias
Segundo a Polícia Civil, 53 mulheres procuraram a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) para denunciar o médico. Há relatos de que ele tirava fotos das partes íntimas das vítimas. Morais também é acusado de estupro de vulnerável contra uma paciente que tinha, à época, 12 anos de idade.
Ele deve responder por abuso sexual mediante fraude e estupro de vulnerável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário