Força-tarefa criada para apurar denúncias de negligência e violência obstétrica feitas desde 2018 esteve no Hospital Regional de Samambaia
A força-tarefa criada para apurar denúncias de negligência e violência obstétrica no Hospital Regional de Samambaia (HRSam) feitas desde 2018 esteve na unidade da rede pública de saúde para ouvir os médicos que atendem na ginecologia e obstetrícia. Os servidores relataram sobrecarga e falta de equipamentos básicos, entre eles como sonares fetais, fundamentais para escutar os batimentos cardíacos dos bebês.
Os profissionais foram unânimes em reconhecer que o atendimento se torna lento porque estão sobrecarregados com muitos casos da atenção primária, uma vez que atualmente as unidades básicas de saúde não contam mais com a especialidade de ginecologia. Segundo os médicos, realizados entre 150 e 200 atendimentos por dia na unidade de ginecologia e obstetrícia, além de, aproximadamente, 400 a 450 partos por mês.
Durante encontro com integrantes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), na quarta-feira (31/07/2019) e com a direção do HRSam, os médicos disseram que têm que levar os próprios sonares. Contaram, ainda, que aos fins de semana, feriados e no período noturno, por falta de profissionais plantonistas, não são realizadas ultrassonografias fetais. A equipe afirmou que, sem informações consistentes do pré-natal e sem a realização de exames, a gestante pode chegar com complicações não detectadas. São comuns casos de pressão alta, sífilis e diabetes gestacional sem diagnóstico prévio.
Distrito FederalAlém de negligência, mulheres relatam à PCDF humilhações em hospital pelo menos 11 casos estão sendo investigados, alguns envolvendo a morte de bebês no Hospital Regional de Samambaia
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