terça-feira, 1 de outubro de 2019

Paciente relata abuso em consulta com dermatologista no RJ

Suspeito, que também é oficial dos bombeiros, está preso. Defesa nega as acusações.


Médico é preso acusado de abusar de paciente dentro do consultório

Uma advogada afirma ter sido abusada por um médico durante uma consulta no Rio. O suspeito foi preso em flagrante. A defesa dele nega todas as acusações.

A consulta com o dermatologista Flávio Bandeira foi nesta segunda-feira (30), no consultório dele, na Taquara, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio.

“Tentou me tocar o tempo todo, os meus seios. O exame dele é invasivo. Ele não é nada profissional", afirmou a advogada.

"Ele começou a falar coisas absurdas para mim: que eu merecia ‘um homem que me bancasse’, que eu não me preocupasse com o valor da receita. Que era só eu ’estalar os dedos’ que eu teria o homem que eu quisesse, que eu sou uma mulher 'linda, maravilhosa'. Isso é tratamento de um médico?”, lembra a paciente.

Os abusos, segundo ela, duraram a consulta toda.

“Na hora de se despedir, ele me abraçou de uma forma para encostar no meu corpo inteiro e me deu um beijo na boca. Na boca”, destacou.

“Ele me abraçou forte. Ele me tomou nos braços, eu fiquei nos braços dele”, emendou.

Ao sair do consultório, a advogada foi direto prestar queixa na Delegacia de Atendimento à Mulher de Jacarepaguá.

O médico foi preso em flagrante, por importunação sexual - crime inafiançável. A pena pode chegar a cinco anos de prisão.

“O fato é muito grave, é muito representativo. Imagina que a pessoa vai ao médico para se consultar... além de receber galanteios, ainda é abraçada e beijada contra sua vontade. Então, isto caracteriza importunação sexual”, afirma a delegada Catarina Noble.

“Foi muito bom que ela viesse aqui, porque isso vai entusiasmar outras moças que porventura tenham sido vítimas [do médico] a vir à delegacia para denunciar, para que haja o devido processo legal contra esta pessoa”, completou.

O caso será reportado ao Corpo de Bombeiros. A corporação disse que não compactua com atos ilícito. Assim que for comunicada oficialmente pelas autoridades competentes, tomará as medidas cabíveis.


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