terça-feira, 15 de outubro de 2019

Mulher diz que violência obstétrica causou a morte do seu bebê em maternidade de Aracaju (SE)


Para dona de casa, Adriana dos Santos, de 33, é difícil se desfazer das roupas e dos objetos que seriam do seu segundo filho. No último domingo, o bebê, que estava internado há um mês na Maternidade Santa Isabel, na Zona Norte de Aracaju (SE), morreu. Para a mãe, não resta dúvida de que a morte foi motivada por violência obstétrica.

“O médico que fez meu parto disse que havia feito tudo que podia, mas que a situação do meu filho era complicada por conta pré-parto”, relatou.

Adriana ainda disse que chegou à maternidade por volta de 20h do dia 27 de agosto, mas que o parto só foi realizado por volta de 1h do dia seguinte. “Eu gritava muito, sentia calafrios, as pernas trêmulas e me mandavam deixar de frescura, que a dor de parir era assim mesmo e que eu deveria saber porque estava no segundo filho”, contou.

A bolsa dela, teria sido estourada pelo menos quatro horas antes do parto, que não poderia ser normal, mas foi protelado e terminou sendo cesário.

“No relatório médico, diz que uma das causas da morte do meu filho foi sofrimento fetal agudo. Eu avisei por várias vezes que tinha algo errado. Que o meu filho tinha parado de mexer, mas foi tratada de uma forma, que não animal merece ser”, lamentou”, a dona de casa.

Hoje à tarde, ele irá acompanhada de um advogado à Delegacia de Atendimento à Grupos Vulneráveis (DAGV) para registrar um boletim de ocorrência.

A maternidade Santa Isabel informou que possui órgãos internos como Ouvidoria e Pesquisa de Satisfação disponíveis para atender reclamações de pacientes. No caso da paciente Adriana dos Santos, que relata violência obstétrica, a o hospital afirma que ela deveria ter procurado a instituição para poder ouvi-la e ajudá-la. Em relação ao recém-nascido, foi uma criança que nasceu grave e recebeu todos os cuidados necessários na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.


Nenhum comentário:

Postar um comentário