Na primeira semana de julho pacientes com câncer de mama ficaram sem quimioterapia/ Sergio Bernardo/ JC Imagem |
Depois de receber uma comissão de médicos do Hospital Universitário Oswaldo Cruz na tarde desta terça-feira (07/07), a Promotoria de Defesa da Saúde do Ministério Público Estadual (MPPE) resolveu abrir um inquérito para apurar o desabastecimento da farmácia da unidade. Três dias antes oncologistas e cirurgiões do Centro de Oncologia do HUOC decidiram suspender totalmente até sexta-feira (10/07) quimioterapias e cirurgias por absoluta falta de materiais e remédios. Parte das sessões já havia parado antes, prejudicando portadoras de câncer de mama. “Vamos realizar uma audiência na próxima semana, com a convocação de representantes das Secretarias Estaduais de Saúde e de Ciência e Tecnologia”, informa a promotora Ivana Botelho, que ouviu uma lista de queixa dos profissionais da unidade. Na segunda (06/07), o Conselho Regional de Medicina já havia cobrado uma resposta das duas secretarias ao problema que afeta diretamente 600 pacientes em tratamento quimioterápico e outros que estão há quatro meses em fila de espera por cirurgia oncológica. A Secretaria da Saúde supervisiona o SUS e o hospital é vinculado à da Ciência e Tecnologia. A reitoria da Universidade de Pernambuco (o HUOC é da UPE) anunciou que durante esta semana o abastecimento estaria resolvido. A crise do hospital que já foi o mais bem avaliado pelo SUS no Estado na década de 1990 não é de hoje e quem sempre paga a conta são os doentes, os médicos residentes em especialização, alunos dos cursos de saúde que se formam na unidade e os funcionários, que não podem exercer dignamente a atividade. Qual é a solução?
Nenhum comentário:
Postar um comentário