quinta-feira, 2 de julho de 2015

SUS vai bancar transplante de medula em doente falciforme

O hematologista Aderson Araújo comemora novidade/ Foto de Tiago Calazans
O hematologista Aderson Araújo comemora novidade/ Foto de Tiago Calazans/ Acervo JC Imagem

Portadores de doença falciforme poderão receber transplante de medula óssea ou de células-tronco de parentes. O tratamento, que melhora a qualidade de vida e cura, já vinha sendo realizado no Brasil, mas precisava ser regulamentado pelo Sistema Único de Saúde.  Portaria nº 30, com a novidade, foi publicada pelo Ministério da Saúde no Diário Oficial da União desta quarta-feira (01/07). Estima-se que exista um caso de doença falciforme a cada 1.400 crianças nascidas vivas. Na Fundação Hemope, no Recife, 1.800 pessoas fazem tratamento para a doença.
 
O Sistema Nacional de Transplantes tem até 180 dias para incluir a doença falciforme no seu regulamento técnico, de acordo com o ministério. O hematologista Aderson Araújo, da Fundação Hemope, do Recife, comemora a medida.”É uma notícia muito boa. O procedimento já vinha sendo feito com sucesso e só faltava a regulamentação”, explicou na tarde desta terça-feira ao Mais Saúde. Segundo ele, a hematologista Belinda Simões, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (SP), tem larga experiência na terapia e vem conseguindo excelentes resultados.
 
Araújo estima que 10% dos 1.800 pacientes em tratamento no Hemope, com manifestações mais graves da anemia falciforme, poderiam se beneficiar do transplante. O tratamento é indicado exatamente para quem já teve AVC, complicação pulmonar ou tenha histórico de outros problemas. As chances de sucesso são maiores quando o doador compatível é o irmão, mesmo que tenha o traço falciforme no sangue. A doença falciforme se manifesta na forma de anemia crônica e pode ser detectada pelo Teste do Pezinho. Saiba mais em www.saude.gov.br.
 

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