quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Bebê morre no Hospital Municipal de Itaituba após a mãe passar dois dias em trabalho de parto

 


Familiares acreditam que o falecimento do recém-nascido ocorreu devido a negligência médica. A demora no parto e a não realização de uma cesária foram fatores apontados pela família. –  (Foto: Reprodução)

A morte de um bebê recém-nascido vem causando grande revolta nos familiares da criança, que acreditam que o falecimento ocorreu em decorrência de negligência medica. A família relata que a mãe, identificada como Ana Paula Pereira, de 22 anos, deu entrada no Hospital Municipal de Itaituba (HMI) na sexta-feira (31) e teve o bebê, de nome Benício Pereira, por parto normal induzido, apenas na madrugada de domingo (02).

Segundo informações, Ana Paula deu entrada no HMI sentindo dores, uma vez que ela estava com 39 semanas de gravidez, acreditava-se que estava na hora dela ter o bebê. No hospital ela recebeu acompanhamento médico e foi orientada a aguardar o parto normal. Mas o parto demorou pelo menos dois dias para acontecer. (A informação é do Portal Giro)

A mãe sofreu muito com dores e teve que fazer muita força para ter o filho, chegando a ficar com os olhos bastante vermelhos. Benício acabou nascendo com problemas pulmonares, foi entubado, mas não resistiu e veio a óbito.

A família da criança foi até a Delegacia e registrou um Boletim de Ocorrência para que um laudo do Instituto Médico Legal seja feito. O resultado deve sair de 30 a 90 dias, e só então poderá ser constatado a causa da morte do recém-nascido.

Olhar da mãe pós perca

 Olhos de Ana Paula após o parto. (Foto: Reprodução)

Olhos de Ana Paula após o parto. (Foto: Reprodução)

Prefeito Valmir Clímaco divulgou áudio dobra a morte

A morte gerou revolta e a situação chegou ao conhecimento do Prefeito Valmir Climaco, que também se mostrou revoltado com a situação, pedindo desculpas para a família e afirmando que uma situação como essa não ocorrerá mais no HMI. Em áudio Valmir Climaco afirma que a partir de agora se a mulher quiser fazer parto cesárea pelo SUS, vai ser feito.

    “Eu quero dar um recado pros médicos do Hospital Municipal, nem uma mulher a partir de hoje vai sofrer dias e dias para ganhar menino porque dizem que o Ministério da Saúde não permite que façam parto cesariana em muitas mulheres. A partir de agora, mulher não vai ficar se matando aí dentro do hospital para tentar ganhar o filho e não consegue ganhar, e muitas vezes até a criança morre. A partir de agora, sofreu, a família vai lá e autoriza a fazer o parto cesariana, que vai ser feito.

Porque quando você vai, os médicos que trabalham no Hospital Municipal são os mesmos médicos que trabalham nos hospitais particulares, lá no particular não perguntam se podem fazer o parto cesariana ou não, já vão logo fazendo de cara. Lá no Municipal vai ser assim também. […] A partir de hoje vai ser diferente, quer fazer o parto cesariana, vai ser feito. […] O médico que não quiser fazer o parto, desocupe a cadeira que eu arrumo outro pra operar aí”, relata o prefeito em um áudio compartilhado nas redes sociais.

Após o ocorrido, muitas outras mulheres relataram já ter passado por situações parecidas, se sentindo desrespeitadas e negligenciadas por médicos do HMI.

“Imagine você chegar no hospital perdendo líquido a médica te recebe de cara ruim, te interna e te diz o seguinte: ‘Esquece o que te disseram no teu pré-natal, pré-natal não serve de nada aqui, não importa o que o médico disse lá, aqui o protocolo é PARTO NORMAL, ou seja, AQUI OU VOCÊ TEM NORMAL OU TU TE VIRA PARA TER NORMAL, FUNCIONA ASSIM”. Leiam gritando por que foi aos gritos que ela me disse logo após jogar um livro no meu rosto”, relata outra mãe atendida no hospital.


Folha do Progresso


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