sábado, 1 de janeiro de 2022

Polícia Civil investiga caso de bebê que quase foi enterrado vivo em Ariquemes

“Pequeno milagre”. Essa é a descrição que a equipe médica dá para o bebê prematuro que apresentou sinais vitais após ser dado como morto, em Ariquemes (RO). Já a família da criança defende a ideia que toda a situação é fruto de negligência médica. A secretaria de saúde do município, declarou que abriu um processo administrativo para investigar o caso.
“Fiquei indignada porque eu não vi aquele empenho de ‘vamos tentar salvar a vida dessa criança de qualquer jeito'”, comenta a avó do bebê que prefere não se identificar.

A mulher relata que a filha de 18 anos não sabia que estava grávida. Elas teriam procurado duas unidades de saúde da cidade, enquanto a jovem sentia fortes dores e sangrava, antes de conseguir atendimento médico.

Segundo a secretária de saúde do município, Milena Pietrobon, a jovem foi atendida em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). No local, a médica imediatamente teria percebido que se tratava de uma gestação.
“Ela estava com altura uterina aumentada, acima da cicatriz umbilical. Tá escrito isso lá, como hipótese de diagnóstico ‘aborto ou abortamento’. Foram pedidos todos os exames sanguíneos, ultrassom, teste de gravidez e ela foi medicada, aí foi embora com todos os pedidos em mãos”, comenta.

Parto em casa

A jovem voltou para casa, mas por volta de 3h da manhã a família diz que ela já não aguentava mais as dores e decidiu tentar voltar ao hospital.

“Quando eu fui sair de casa para pegar o carro e abrir o portão, ela só gritou ‘tá saindo alguma coisa de dentro de mim’. Foi quando saiu o neném”, relembra a avó.

A avó relata que ficou paralisada por alguns instantes, sem saber o que fazer. Ela também afirma que ouviu a criança chorar e viu os olhinhos piscando, dando sinal de vida. Segundo a mulher, em menos de 5 minutos eles chegaram ao hospital.


Bebê é dado como morto em Rondônia e agente funerário descobre que ele estava vivo 

“Ela deu entrada depois no hospital com bebê no colo enrolado em toalhas, ainda com a placenta, dizendo que esse bebê nasceu em casa”, relata a secretária de saúde.

Estado de saúde

Atualmente o bebê, que é um menino, está internado em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI) e o estado de saúde é considerado estável. A família ainda não teve tempo para escolher o nome do pequeno, mas esperam ansiosamente a chegada dele em casa.
A jovem de 18 anos, mãe do bebê, recebeu alta médica na manhã desta quarta-feira (29) e está bem de saúde.

‘Milagre da vida’

Apesar da avó afirmar que ouviu a criança chorar, os profissionais de saúde assinaram a certidão de óbito do bebê como “natimorto”, ou seja, que nasceu morto. Um agente funerário foi chamado até a unidade de saúde para recolher a criança. Cerca de quatro horas depois, quando preparava o corpo para o enterro, o homem percebeu sinais de respiração e batimento cardíaco e levou a criança até um hospital.

“Para mim é um milagre. Eu vi a médica falando e ela foi muito clara no desespero dizendo para mim que esse bebê estava morto. A funerária veio pegar e ele estava morto. De alguma forma esse batimento cardíaco voltou”, comenta a secretária.

A secretaria de saúde do município, declarou que abriu um processo administrativo de investigação para apurar tudo que aconteceu.
“As pessoas podem errar. A gente está levantando tudo se tiver algum erro vai aparecer”, comentou a secretária.

Investigações

Inconformados com toda a situação, os familiares e a funerária registraram um boletim de ocorrência na Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp) de Ariquemes. O caso deve ser investigado pela Polícia Civil.

“Eu coloquei a mãozinha e falei ‘gente vocês tem certeza que essa criança tá morta?’ E eles responderam ‘tá morta, não tenho que fazer mais nada não'”, relembra a avó do bebê.


Sinpolro



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