Nesta sexta-feira (28), completa um ano da morte de Rosemar Leal da Silva, ocorrida no Hospital de Caridade de Carazinho (HCC), em 2021, após internação para procedimento de retirada de Mioma do útero. A família suspeita que tenha ocorrido erro médico.
Na época, logo após o ocorrido, a família realizou o registro do boletim de ocorrência, na Delegacia de Polícia de Carazinho, o que ocasionou a abertura do inquérito policial que investiga a conduta dos médicos.
Relembre o Caso
A Polícia Civil de Carazinho está investigando a morte de Rosemar Leal da Silva, de 48 anos, morta após dar entrada no Hospital de Caridade de Carazinho (HCC) para a realização de um procedimento em vídeo para retirada de um mioma do útero.
Rosemar deu entrada na casa de saúde no dia 25 de janeiro para realizar o procedimento, o qual os familiares suspeitam que o erro ocorrido na execução do mesmo, foi o fator predominante que ocasionou seu óbito.
Segundo os familiares, logo após a realização do procedimento, a vítima começou a reclamar de fortes e constantes dores. No dia seguinte, as dores continuaram se intensificando, bem como, o inchaço na barriga foi notado. Em ambas as situações, as reclamações foram levadas à médica, que não realizou uma nova avaliação, e nenhum tipo de exame pós-operatório.
“A mãe chegou a ser taxada pela equipe médica de dramática e depressiva, sendo que nunca em sua vida teve qualquer quadro de depressão” explicou Mateus Leal, filho da vítima.
Dois dias após o primeiro procedimento, um laxante foi dado à vítima e duas lavagens intestinais foram realizadas e, somente após isso, um exame de Raio X foi feito, onde foi constatado a perfuração no intestino.
Novidades
A família também encaminhou ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (CREMERS), a denúncia que pede o afastamento da médica responsável pelo caso, bem como a sua suspensão e cassação do exercício profissional caso os erros investigados sejam comprovados, junto da Sindicância 086/2021.
Ainda no final de 2021, o conselho sinalizou pela finalização do processo de sindicância e o encaminhamento de abertura de Processo Ético-Profissional, que está tramitando em sigilo.
O que dizem os familiares
O filho da vítima, Mateus Leal explica que a família aguarda bastante esperançosa pelos desdobramentos das investigações, no entanto, lamenta a demora com que o caso está sendo levado pela Delegacia de Polícia de Carazinho.
“Nós sabemos que nada vai trazer nossa mãe de volta – o que mais queríamos, porém temos a plena convicção que não podemos deixar que isso volte acontecer com outras famílias, que outras pessoas sofram o que estamos sofrendo. Se passou um ano, tivemos avanços, mas não na velocidade que queríamos.Sabemos de toda a responsabilidade e o trabalho desenvolvimentos pelos agentes da DP de Carazinho, mas algumas situações nos deixam tristes” diz Mateus.
O que diz a advogada da família
A advogada da família, Juliani Pinzon Pontes, afirma que espera que a conclusão do inquérito ocorra em breve.
“Esperávamos que o inquérito fosse concluído antes do final do ano de 2021, o que infelizmente não ocorreu. Temos ciência de que a equipe de médicos envolvida no atendimento prestado à Rosemar, já foi ouvida pela delegada titular do inquérito. As informações tramitam em sigilo, sendo que, segundo nos informou a Delegada Rita De Carli, para conclusão do inquérito se aguarda a finalização de diligências, também sigilosas, ainda em andamento.”
Para a advogada, a demora na conclusão do inquérito não se justifica: “sabemos que a Polícia Civil tem uma demanda de trabalho muito grande. Porém, neste caso, entendemos que o inquérito já esteja suficientemente fundamentado para ser concluído. Respeitamos a decisão da delegada de colher diligências e aguardamos pela conclusão do inquérito, uma vez que temos pressa em dar uma resposta para a família, que espera por justiça.” afirmou Juliani.
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