O BR104 conversou com a diretora administrativa do HSVP, Paula Lima. Ela afirma que a situação "não condiz com a realidade".
Hospital São Vicente de Paulo
O Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), em União dos Palmares, está sendo acusado de negligência médica por amigos de uma puérpera. A mulher, de 38 anos, estava grávida de gêmeos e morreu logo após o parto, nesta quinta-feira (20/01).
Uma amiga da vítima, que não quis ser identificada, denunciou ao BR104 que a unidade de saúde estava sem médico anestesista, pois ele havia testado positivo para a Covid-19, e não havia outro para ocupar o seu lugar. O hospital, contudo, nega o ocorrido.
Por telefone, a reportagem conversou com a diretora administrativa do HSVP, Paula Lima. Ela explicou que o que aconteceu, na verdade, foi uma “intercorrência durante o parto” e que a equipe médica tentou de tudo para reverter a situação.
A diretora não soube dizer a causa da morte, e ressaltou que as questões técnicas só poderiam ser explicadas pelo médico. Ela também frisou que o primeiro bebê, uma menina, nasceu com tranquilidade. A complicação aconteceu após o nascimento do segundo filho.
“(…) No segundo filho, teve uma intercorrência, o bebê veio a óbito, e alguns momentos depois, ela também teve a intercorrência. Foi feito tudo que era possível para estabilizar ela, mas infelizmente ela também evoluiu para óbito”, acrescentou a gestora.
As informações colhidas pela reportagem dão conta de que a mulher deu à luz ao primeiro filho e só conseguiu parir o segundo, já sem vida, duas horas depois. Em seguida, ela foi levada para a enfermaria, mas morreu após sofrer quatro paradas cardiorrespiratórias.
Paula afirmou que a família está ciente da veracidade dos fatos e que abriu uma sindicância administrativa para apurar o caso. “Essas informações sobre Covid-19, que foi por causa de anestesista ou negligência, não condiz com a realidade”, afirmou.
A gestora informou ainda que a primeira criança está bem. “O São Vicente está para dar a vida e não trazer morte para ninguém. A gente tem 200 bebês por mês, e quando acontecem coisas desse tipo, é claro que nos entristece muito”, concluiu.
O caso foi denunciado ao Conselho Regional de Saúde (CRS).
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