Hélia Maria Bernardini passou mal dentro de carro a caminho de casa, chegou a ser atendida pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu
A diarista Hélia Maria Bernardini, deu entrada no posto na noite de segunda-feira (9)
A família de Hélia Maria Bernardini, de 59 anos, acusa de negligência médica a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Oeste, no bairro Sumarezinho em Ribeirão Preto (SP). Conforme denunciam as filhas da diarista, ela foi liberada do posto de saúde, mesmo após ter sido sinalizada a suspeita de infarto.
Tudo começou na noite de segunda-feira, 9, quando Hélia deu entrada na UPA com dores no peito. Já diagnosticada com fibromialgia e hipertensão, a paciente passou por exames de eletrocardiograma e raio-X, mas, segundo a família, eles não apontaram qualquer alteração no coração. O médico, no entanto, suspeitou de um princípio de infarto e informou que ela tinha que ser internada.
O pedido de vaga foi feito e Hélia passou a madrugada de terça-feira (10) em observação, aguardando a regulação. Em entrevista à EPTV, emissora afiliada a Globo, as filhas da diarista afirmaram que por volta das 15h de terça-feira, 10, a família recebeu um telefonema da UPA, pedindo para que um parente comparecesse à unidade.
"Segundo os médicos, apesar de não ter todos os sintomas característicos porque não teve o formigamento do braço, foi um princípio de infarto. Mas, quando a minha irmã chegou lá, ela estava na cadeira de rodas. Deram os papéis para ela e mandaram vir embora", relatou Patrícia Bernardini Botaro, filha de Hélia.
Após a liberação, mãe e filha embarcaram em um carro de aplicativo para voltar para a casa, mas Hélia começou a passar mal durante o caminho de volta. A motorista decidiu seguir até a unidade do Corpo de Bombeiros, que estava mais próxima, para buscar socorro.
Segundo uma das filhas, os bombeiros tentaram reanimar Hélia por mais de 40 minutos, com adrenalina e outros métodos, mas sem sucesso. O óbito foi constatado pelos médicos do resgate na unidade do Corpo de Bombeiros.
Corpo ainda não foi liberado
A família ainda não sabe a causa oficial da morte, porque o corpo da diarista não havia sido liberado até esta quarta-feira, 10. Também não foi emitida certidão de óbito.
Os familiares acreditam que se Hélia tivesse sido internada ou se passasse mais tempo em observação, ainda poderia estar viva. A Secretaria Municipal da Saúde lamentou a morte da moradora e informou que só vai comentar o caso após investigar o atendimento prestado à paciente.
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