quinta-feira, 12 de maio de 2022

Médico responsável por cirurgia estética vai a júri popular por morte de paciente em Maringá

 

Andreia Beltrame Serconek que morreu em um procedimento de uma clínica estética em Maringá

Andrea Beltrame Serconek da Costa, de 28 anos, morreu em março de 2006, após ter complicações em uma clínica de estética em Maringá. A empresária procurou um médico cirurgião plástico para colocar silicone nos seios e fazer uma lipoaspiração. A cirurgia realizada no hospital deu certo, mas cerca e 11 meses depois foi preciso realizar alguns procedimentos de retoque nos seios.

No segundo procedimento que aconteceu em uma clínica, Andreia Beltrame sofreu uma parada cardiorrespiratória e foi encaminhada ao hospital, mas morreu instantes depois. O médico responsável foi acusado criminalmente por erro médico e dolo eventual, que é quando se assume o risco. Após 16 anos da morte da empresária, o júri do médico Alvaro Fabiano Martins de Carvalho está acontecendo nesta quarta-feira, 27, no Fórum de Maringá.

De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), a clínica onde os retoques da cirurgia aconteceram tinha apenas estrutura para realizar exames e não procedimentos invasivos. Além disso, de acordo com o MP, não foram encontrados equipamentos disponíveis na clínica para fazer a reanimação da vítima. A reanimação com o equipamento desfibrilador só aconteceu com a chegada dos socorristas do Samu.

Defesa

Já o advogado de defesa do médico, Adriano Bretas, em entrevista para a imprensa, afirmou que o profissional fez tudo o que era possível para salvar a mulher. “É um absurdo essa acusação que sustenta que o médico não tinha nenhuma importância para com a morte da paciente. Todos os procedimentos foram tomados: respiração boca a boca, massagem cardíaca, respiração com ambu, acionamento do Samu… e ele permaneceu ao lado da paciente até o último minuto. Agora querem classificar isso como assassinato, isso é um absurdo”, concluiu o advogado.

Conselho Regional de Medicina

Ainda conforme as informações do MP, o Conselho Regional de Medicina apontou que o médico errou ao fazer fazer o procedimento em uma clínica, só que mesmo assim, ele ainda está autorizado a exercer a profissão.
Andreia Beltrame deixou um filho e o marido. O júri deve se estender até o final da noite desta quarta-feira.





Nenhum comentário:

Postar um comentário