Acompanhante denuncia situação de pacientes que chegam a passar o dia nos corredores do hospital. (Foto: via Whatsapp) |
Os pacientes que recorrem ao Hospital Pronto Socorro Municipal (HPSM) Mário Pinotti, no bairro do Umarizal, em Belém, sofrem com a falta de atendimento e as condições precárias do prédio, localizado na Travessa 14 de Março.
Pacientes reclamam que chegam a esperar por horas para receber atendimento médico, inclusive nos corredores do HPSM.
"Estamos desde às 08h30 quando o meu pai chegou aqui, com crise de AVC (Acidente Vascular Cerebral), e está no soro em um corredor, com uma cadeira de rodas velha, caindo aos pedaços, com muita gente aguardando e reclamando do atendimento", diz Lídia Sousa, que acompanha o seu pai, um idoso de 84 anos.
Por volta das 19h, isto é, mais de 12 horas depois, a acompanhante disse que o pai continuava tomando soro no corredor do hospital.
"Depois de muito insistir e de muito discutir, atenderam o meu pai, mas ele continua no corredor, em uma cadeira de rodas, porque não há maca disponível", disse Lídia. "A assistência é péssima, morre gente toda hora e agora há pouco faleceu uma senhora. Vou ter que trar ele daqui, não vou deixar o meu pai morrer aqui."
DEMANDA ALTA
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informou que tanto HPSM do Umarzial quanto o HPSM do Guamá são os únicos de portas abertas do Estado, e que foram construídos para suprir a demanda da capital.
Entretanto, "têm recebido demandas altíssimas de pacientes encaminhados de outros municípios, ocasionando a superlotação. Atualmente quase 80% dos pacientes internados no HPSM do Umarizal são do interior."
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