Mais um caso de morte de recém-nascido na Maternidade Dr. Peregrino Filho vem a público na cidade de Patos, e desta vez aconteceu com a agricultora Amanda Vasconcelos dos Santos, 20 anos, residente na Comunidade Rural Campo Comprido.
De acordo com Leidijane Pereira dos Santos, Tia de Lorena (mãe), a sobrinha teria chegado à Maternidade por volta das 02h00 da madrugada da quarta-feira (17), porém só foi ser atendida às 16h00. A paciente sentia dores fortes e a criança estava atravessada, fato que impossibilitou o parto normal.
Leidijane disse que naquele dia a Maternidade contava com três médicos plantonistas, e mesmo assim nenhum se habilitou a fazer o parto da sua sobrinha. Ainda segundo ela, as equipes daquela casa de saúde passaram o tempo todo dando medicamento à paciente para que a mesma tivesse a criança por meio de parto normal, porém, afirma que era notório que isso não aconteceria.
Por último, ela alega que a criança veio a óbito devido aos problemas ocasionados pela demora no parto. Leidijane acusa as equipes como responsáveis por negligência e ameaçou acionar a Polícia e Conselho Regional de Medicina (CRM).
Leonardo Pereira dos Santos, pai de Lorena, disse estar bastante abalado com a dor que sente pela morte da sua filha. Ele ainda fez um apelo para que a Maternidade Dr. Peregrino Filho tome mais cuidado com os pacientes que chegam para receber assistência.
Nota à Imprensa
A direção da Maternidade Dr. Peregrino Filho, de Patos, esclarece que o atendimento a paciente Amanda Vasconcelos dos Santos, ocorreu dentro do que determina os protocolos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e orientações do Ministério da Saúde, que prioriza o parto normal quando ele bem se adéqua às condições da paciente, como era o caso da Sra. Amanda, cujo trabalho de parto se deu no intervalo entre as 2h43, do dia 17, e às 16h, do mesmo dia, quando ela se submeteu a uma cesárea, que transcorreu sem intercorrências.
Após o nascimento, o RN apresentou insuficiência respiratória e foi encaminhado a UTI Neo, onde recebeu todos os cuidados necessários para sua estabilização, mas, apesar do atendimento veio a óbito, dois dias depois, em função de um choque cardiogênico, ou seja, uma insuficiência no sistema cardíaco que compromete o bombeamento do sangue para o organismo e que nada tem a ver com o parto.
O diretor clínico da Maternidade, Dr. Paulo Athayde, reitera que não houve negligência por parte da equipe médica que atendeu a paciente, não houve demora nos procedimentos, já que ela ficou pouco mais de 12h em trabalho de parto na unidade e que o recém-nascido teve toda a assistência durante sua permanência na UTI. Por fim, a direção da Maternidade lamenta o ocorrido, se solidariza com a dor da família, reiterando seu compromisso com a vida e bem estar de seus pacientes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário