quarta-feira, 17 de maio de 2017

Sofrimento sem fim. Por erro médico, mãe desesperada, em Taguatinga (TO), vê seu filho em estado vegetativo e o Estado nada faz



Esta história parte o coração de qualquer ser humano, com um mínimo de amor no coração e de empatia - que significa a capacidade psicológica para sentir o que sentiria uma outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela. 

Consiste em tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente outro indivíduo.

É também neste momento que temos a noção exata do mal e das consequências da corrupção sistêmica que abate a sociedade brasileira. 

Não à toa há um clamor pelas pessoas de bem em favor das operações da Lava Jato, do Ministério Público, da PF, dos órgãos de controle, da mídia independente, para que, ao menos, diminua a roubalheira de verba pública, que deveriam ir para importantes áreas, como a saúde.

E estas não chegam na ponta da linha por que é surrupiada no caminho por políticos, gestores malandros, empresários inescrupulosos e por brasileiros comum que se acham espertos demais e se locupletam de dinheiro fácil que não é seu. 

Este caso é um exemplo clássico das consequências do que expomos acima.  

Há quatro anos, um jovem de 29 anos, natural de Taguatinga (TO), andava, cheio de vida, em em um automóvel pelas ruas de Brasília, capital federal, quando sofreu um acidente, em outubro de 2012. 

Pareceu um acidente simples, apenas com uma luxação no úmero, o osso do braço. Ele foi socorrido ao Hospital de Base de Brasília, uma referência na saúde pública do DF. 

De acordo com a mãe do rapaz, ele ficou internado apenas aguardando para fazer uma cirurgia. 

"Meu filho ficou dez dias bom, comendo, indo ao banheiro, tomando banho, falando ao telefone, conhecendo todo mundo. Mas no dia 29 de outubro, após dez dias, meu filho entrou em coma para nunca mais voltar. 

Ninguém explica nada. Como eu trabalho na saúde, posso afirmar que houve erro e falha humana", conta a mãe. 

Ela diz que o rapaz, hoje com 33 anos, ficou muito tempo hospitalizado e depois de algum tempo foi mandado para casa em estado vegetativo, sem qualquer reação, estado que permanece até os dias de hoje. 

"Sem saber o que fazer, entrei na justiça solicitando ajuda do estado, do município e da União. Ganhei o serviço chamado de homecare (hospital em casa). 

Só que o secretário de saúde se recusa a cumprir a decisão do juiz. Não tenho condições de assumir sozinha, mas faço questão de cuidar dele aqui na minha casa, em Taguatinga (TO)."

A mulher conta que é técnica de enfermagem, mais por consequência do acidente do filho, já sofreu dois infartos e hoje não dá conta de cuidar dele. 

"Me ajude pelo Amor de Deus. Quero fazer uma matéria para mandar para você, mas não consigo. Pois a emoção toma conta de mim. Sabe, tenho dois filhos, sendo que um corre risco eminente de morte. 

Uma amiga entrou em contato com você ontem. Só te imploro que me ajude, pelo amor de Deus. Sou uma mãe desesperada porque não sei o que mais fazer da vida. São quase 4 anos de sofrimento e o Estado não me ajuda", conclama ela.

A situação dessa mãe, dessa cidadã brasileira, pagadora de seus impostos, é desesperadora e o Estado dá de ombros.  

Pedimos ao Ministério Público do Tocantins, à Defensoria Pública do Estado, às organizações não-governamentais, aos órgãos de direitos humanos e ao governo do estado que deem atenção a essa mãe. 

O Estado e nós, sociedade, não podemos fechar os olhos e deixar o tempo impor tanto sofrimento a essa família. 

G2

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