quinta-feira, 4 de maio de 2017

Médico que engessou clavícula errada de menina foi demitido



 
 
Ele era funcionário da cooperativa contratada emergencialmente no início deste ano. Vereadores comentaram o caso.
 
O médico que engessou a clavícula errada de uma menina de nove meses na última terça-feira, 25, foi demitido. De acordo com informações da Prefeitura de Angra dos Reis, foi aberta uma sindicância e ele era funcionário da cooperativa contratada pelo município no início deste ano por R$17 milhões.
 
Este erro médico foi assunto na sessão da Câmara da última quinta-feira, especialmente na fala do vereador Léo da Marmoraria, que é tio da menina que foi erroneamente engessada. Vários parlamentares fizeram coro pedindo mudanças na saúde.
 
– Não vamos generalizar, mas não adianta você trazer para o Hospital um grande gestor se lá você não tiver pessoas qualificadas para trabalhar de acordo. Uma vez que a gente tem um médico que não sabe o que é direita e esquerda, ele não serve para estar nomeio da gente exercendo esta função – afirmou Léo da Marmoraria.
 
– Está na hora do nosso prefeito Fernando Jordão começar a fazer uma mudança aí, usar a caneta. O Hospital da Japuíba precisa ser humanizado. Porque se a pessoa chega lá precisando de socorro, sai mais doente do que chegou – disse o vereador Canindé do Social na tribuna. A vereadora Titi Brasil destacou ainda que o telefone do HGJ está sem funcionar há duas semanas.
 
Na sessão desta terça-feira, 02, mais erros médicos foram relatados na rede municipal de saúde, um, em especial, levou uma pessoa a óbito.
 
A questão da contratação desta cooperativa chamou bastante atenção, não só pelos valores envolvidos, mas também pelo fato de que até o ano passado o secretário de Saúde, Gustavo Villa, compartilhava textos contrário a terceirizações na saúde. Em um deles, uma carta aos vereadores da época, médicos estatutários destacavam que eles foram selecionados por concurso, o que denota “não só o interesse de trabalhar com a população quanto a capacidade de trabalho”. Os profissionais criticavam a contratação de uma O.S. justamente pela “falta de critérios técnicos, como uma prova, para selecionar seus médicos”.
 

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