Moradora do bairro Juquehy usou as redes sociais para denunciar o erro. Bebê recebeu vacina contra covid-19 (pfizer) em vez da dose de quatro meses, que inclui poliomielite, tríplice bacteriana, haemophilus, pneumocócica 13V e rotavírus 5V; Prefeitura diz que recebeu o relatório e enviou para abertura de processo administrativo disciplinar para apuração e responsabilização da funcionária
Uma moradora do bairro Juquehy, na costa sul de São Sebastião, Litoral Norte de São Paulo, usou as redes sociais para denunciar um erro na aplicação de uma vacina em seu filho, de apenas quatro meses.
De acordo com a mãe, o bebê foi vacinado no dia 3 de agosto. Seis dias depois, o posto de saúde que aplicou a vacina entrou em contato para solicitar a presença da mãe na unidade de saúde para conferir o resultado de um exame.
“Ficamos preocupados. Achei que havia alguma alteração no exame que eu fiz. Não consegui ir até o posto por conta da chuva e liguei para o posto explicando a situação”, disse.
Segundo a mãe, no mesmo dia uma enfermeira entrou em contato solicitando novamente a presença da mulher no posto de saúde para tratar “sobre assuntos do seu filho”.
A mãe foi à unidade de saúde no dia 11 de agosto, levando junto o bebê. Houve, segundo ela, uma consulta com a enfermeira e, na sequência, uma conversa com o médico.
Foi o médico que informou à mãe que o bebê havia recebido a vacina contra covid-19 (pfizer) e não a vacina de quatro meses contra poliomelite, tríplice bacteriana, haemophilus, pneumocócica 13V e rotavírus 5V.
“Ele (médico) disse que teríamos que começar um acompanhamento por 43 dias. A vacina contra covid-19 nessa idade pode causar problemas neurológicos”, conta.
O desabafo da mãe continua em uma postagem no Instagram. Ela disse que registrou um boletim de ocorrência.
“Levamos nossos filhos para tomar vacina pensando em protegê-los e preveni-los de doenças. Entregamos a criança nas mãos de profissionais capacitados e responsáveis, mas nem sempre é assim. Infelizmente entregamos nossos filhos nas mãos de pessoas irresponsáveis, que acabam cometendo negligências como esta. Já abrimos um boletim de ocorrência e estamos exigindo que os responsáveis por essa negligência arquem com as despesas dos médicos particulares que vamos solicitar para fazer esse acompanhamento”, escreveu.
Ela continua com o desabafo e deixa um alerta. “Peço para que todas as mães tomem cuidado ao levar seus filhos para vacinar. Se for preciso, peça para confirmar a vacina que será aplicada no seu pequeno. E às profissionais da saúde, peço para que prestem mais a atenção. Vocês trabalham com vidas, que podem não ser importantes para vocês, mas é para alguém”, concluiu.
O Portal Costa Norte procurou a prefeitura de São Sebastião para um posicionamento oficial.
Em nota, a administração disse que “recebeu o relatório e enviou para abertura de processo administrativo disciplinar para apuração e responsabilização da funcionária. Tão logo seja concluído o parecer do julgamento, será enviado para conhecimento dos familiares. A administração está monitorando o estado de saúde da criança e na próxima segunda-feira (22) está agendada consulta com a pediatra para acompanhamento do caso”.
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