domingo, 28 de agosto de 2022

Paciente denuncia médico por abuso sexual durante consulta em posto de saúde de Imperatriz; suspeito foi afastado das funções

 

Os abusos, segundo a mulher, aconteceram dentro do consultório. No local, o médico teria trancado a porta e tentando forçar a vítima a fazer sexo com ele, mediante ameaças.


Paciente acusa médico de abuso sexual em Imperatriz

Um médico, que não teve o nome divulgado, foi afastado de suas funções em um hospital municipal, na cidade de Imperatriz, na região Tocantina, após ser acusado por uma paciente de abuso sexual.

Segundo a vítima, que não teve a identidade revelada, o caso aconteceu no dia 15 de junho deste ano, mas ela só decidiu denunciar na última terça-feira (23), após revelar o abuso para a família, que a incentivou a procurar a polícia.

Os abusos, segundo a mulher, aconteceram dentro do consultório médico, quando ela precisou ir ao Centro de Especialidades Médicas dos Três Poderes em busca de um laudo. No local, o médico teria trancado o consultório e tentando forçar a vítima a fazer sexo com ele, mediante ameaças.

Centro de Especialidades Médicas dos Três Poderes, em Imperatriz 

No boletim de ocorrência registrado na Delegacia Especial da Mulher de Imperatriz, ao qual o g1 MA teve acesso, a mulher relata que sofre com dores no estômago e que faz tratamento médico no Estado de São Paulo, precisando viajar para lá a cada cinco ou seis meses.

Na manhã do dia 15 de junho, ela procurou a unidade municipal de saúde, no bairro Três Poderes, em Imperatriz, para pedir ao médico um laudo que comprovasse que ela não fazia tratamento na cidade, para que pudesse apresentar o documento em uma casa de apoio em São Paulo.

A mulher conta que foi a última paciente a ser atendida naquela manhã e entrou no consultório sozinha. Após pedir o laudo ao médico, ele teria aberto a calça e colocado o pênis para fora, além disso, o homem teria se levantado, trancado a porta do consultório e ido em direção a paciente, segurado seus cabelos, querendo lhe forçar a realizar sexo oral.

A vítima relata que se negou a fazer o ato, e o médico disse para ela não gritar, pois seria pior. A paciente ainda relatou que, o médico se masturbou nos seios dela, chegando a ejacular. Depois do ato, ele saiu para se limpar, foi quando a vítima aproveitou para fugir do local.

Por meses, a paciente se manteve calada, mas decidiu relatar o caso para a família, que a incentivou a denunciar o médico.

Na Delegacia da Mulher, a vítima ainda contou que já conhecia o médico e que não era a primeira vez que ele se insinuava sexualmente para ela. A mulher relata que, há cerca de três anos, ela foi ao consultório do investigado pedindo para ele preencher o laudo TFD (Tratamento Fora de Domicílio), e ele disse para ela que sempre ficava excitado quando a via e chegou a colocar o pênis pra fora, foi quando a vítima, assustada, abriu a porta do consultório e saiu correndo.

A denunciante afirma que, depois do ocorrido, ela chegou a procurar uma psicóloga, que a encaminhou para outro médico, mas não a encorajou a denunciar o caso.

O outro médico acabou morrendo, e a paciente teve que se consultar novamente com o denunciado em 15 de junho, quando sofreu o abuso.

Na delegacia, a vítima afirmou que não tinha denunciado antes por medo e vergonha.

Diante dos fatos, a vítima solicitou medidas protetivas de urgência contra o suspeito e está sendo acompanhada por uma equipe da Casa da Mulher Maranhense em Imperatriz.

Nesta sexta-feira (26), o investigado foi ouvido na Delegacia Regional de Imperatriz. Segundo o advogado dele, o médico só vai se pronunciar após ter acesso ao depoimento da vítima.

Por meio de nota, a Prefeitura de Imperatriz informou que já abriu um processo administrativo para apurar o caso e que afastou o médico das suas funções.

Veja a nota na íntegra:

A Prefeitura de Imperatriz, por meio da Secretaria de Saúde, comunica que está apurando a ocorrência envolvendo um médico em um dos locais de atendimento da rede municipal e vem a público informar que abriu Procedimento Administrativo, afastando o servidor público apontado como autor do fato.

A Prefeitura não compactua com qualquer forma de violência praticada contra a mulher, seja ela física, psicológica, patrimonial ou outras. O caso é investigado pela Polícia Civil e à vítima foi prestado apoio com acompanhamento psicológico e encaminhamento à Delegacia da Mulher.

Quanto aos pacientes que tiveram atendimento cancelado, estes serão remanejados para outro profissional.






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