Marido e filho de mulher que morreu após passar por diversas falhas de diagnóstico na rede municipal de saúde devem receber indenização de R$ 100 mil; caso aconteceu em 2019
Mulher passou por três unidades de saúde antes de receber o diagnóstico correto; após cirurgia de emergência de emergência, ela não resistiu e faleceu
Familiares de uma mulher que morreu após passar por diversos diagnósticos incorretos devem sere indenizados pela Prefeitura de Fortaleza. O caso ocorreu em 2019, na rede municipal de saúde.
A paciente, que tinha 37 anos, passou por três unidades de saúde da Prefeitura antes de receber o diagnóstico correto. Ao longo de 15 dias, foram atendimentos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jangurussu e no Frotinha da Messejana, e uma internação no Hospital São José.
Nos dois primeiros locais, foram apenas receitados remédios para os sintomas de Veronilde: dor abdominal intensa, diarreia e vômitos. No terceiro, ela recebeu um diagnóstico incorreto de leptospirose. Após mais de duas semanas buscando auxílio, a mulher faleceu.
Apenas no fim do processo veio a identificação correta do quadro de Veronilde: uma apendicite aguda. Ela chegou a ser transferida para o Instituto José Frota (IJF) e operada emergencialmente, mas não resistiu.
O processo, conduzido pela Defensoria Pública Geral do Ceará (DPCE), foi aberto pelo marido da paciente em novembro de 2019. Em outubro de 2021, a Prefeitura foi condenada a pagar R$ 40 mil a ele e R$ 60 mil ao filho do casal, a título de danos morais.
A Prefeitura recorreu da decisão, mas o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) manteve a sentença. No momento, pai e filho aguardam o pagamento da indenização. O O POVO entrou em contato com a Procuradoria Geral do Município (PGM). De acordo com o órgão responsável pelos processos judiciais, a Prefeitura de Fortaleza ainda não foi notificada pelo caso.
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