terça-feira, 23 de agosto de 2022

Promotora pede investigação sobre remédios vencidos encontrados em hospital onde médico equatoriano preso trabalhava

 


A promotora Cláudia das Graças Mattos de Oliveira Portocarreiro, da 3ª Promotoria de Investigação Penal de Duque de Caxias, prepara um relatório sobre as condições do Hospital Santa Branca, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, que tem como um dos sócios o médico equatoriano Bolívar Guerrero Silva, de 63 anos, que está preso e virou réu por tentativa de homicídio contra a vendedora Daiana Chaves Cavalcanti, de 35. O documento deve embasar um pedido para que a 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Saúde do Ministério Público investigue o local. De acordo com Oliveira Portocarreiro, agentes da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Duque de Caxias encontrou medicamentos vencidos que estariam sendo utilizados na unidade.

– Eu estou preparando um dossiê para mandar para (a Promotoria de) Tutela Coletiva de Saúde e devem ser apuradas as condições do hospital, que funciona para outras finalidades, salve juízo. É preciso apurar as condições desse local – afirma a promotora, que completa:

– No momento em que os policiais da Deam (de Caxias) chegaram para resgatar a menina e fazer a perícia, eles encontraram medicações vencidas e isso vai ser objeto de outro inquérito – destacou.

A promotora da Cláudia das Graças Mattos de Oliveira Portocarreiro afirmou que vai investigar ainda o crime de associação criminosa envolvendo outros funcionários do local, já que eles teriam dificultado o acesso aos prontuários da vendedora Daiana.

O EXTRA não conseguiu contato com a defesa do hospital Santa Branca.

Enquanto isso, Bolívar Guerrero vai continuar preso por tempo indeterminado. Ontem, o juiz Adriano Loureiro Binato de Castro, da 4ª Vara Criminal de Caxias, tornou o cirurgião em réu por tentativa de homicídio contra a vendedora Daiana Chaves e acatou o pedido do MP para que o especialista fique preso preventivamente.

A defesa de Bolívar não foi encontrada para comentar a denúncia e a decisão do juiz. O cirurgião está preso há um mês na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica.


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