Após o trauma de uma internação desavisada, um parto prematuro, o couro da cabeça da filha arrancado durante o parto, e a bexiga perfurada durante a cesariana, a mãe da bebê que segue internada na Santa Casa de Rondonópolis (218 km de Cuiabá), Maria Lima de Jesus, de 38 anos, lamenta as violências sofridas e fala em sequelas.
Maria conta que sua cirurgia demorou 4 horas e que precisaram chamar um outro médico para auxiliar no final do parto, pois haviam cortado a sua bexiga e a filha do casal teria sofrido um escalpe na cabeça. Pedaços teriam ficado ainda dentro da mulher. "Ainda estou com a sonda, enquantou eu estiver com a bexiga aberta, faço urina por ela", diz.
Em entrevista ao portal do , ela diz que apesar de não se lembrar de muita coisa por estar medicada, temeu pela sua vida e ainda teme pela de sua filha. Ela e o esposo ainda não sabem se vão processar o hospital, mas confirmam a violência obstétrica. A recém-nascida, Natasha Vitória, está em estado grave e só viu a família duas vezes desde que nasceu. "A médica disse, quanto mais tempo ficar na barriga melhor, e eu retruquei que só se fosse ao ponto de quase me matar", lembra.
O pai da menina, Adalberto de Souza Moreira, alega também erro médico. A direção da Santa Casa informou que está investigando o caso e o Conselho Regional de Medicina declarou que vai abrir uma sindicância para apurar se houve falha médica. A Polícia Civil também está apurando a denúncia.
O caso
Maria Lima de Jesus foi internada no dia 29 de julho, logo após entrar em trabalho de parto. O pai Adalberto de Souza Moreira contou que os médicos disseram para ele que a criança era prematura, com 32 semanas, e que eles estavam esperando completar 34 semanas de gestação para realizar o parto.
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