Uma senhora denunciou o que ela chamou de “violência obstétrica” sofrida pela sua irmã no hospital maternidade do município de Laje. De acordo com a denunciante, em entrevista a Andaiá FM na manhã deste sábado (05), sua irmã, Claudeci Brito Leandro, de 40 anos, foi atendida de maneira errada, os profissionais não tinham informações precisas e tentaram forçar o nascimento do bebê.
“Fizeram a barbaridade muito grande com minha irmã. Na madrugada da segunda-feira, 1h30 ela deu entrada no hospital, um dos médicos disse que faltava 4 cm para nascer. Depois da troca de plantão, o pessoal disse que o aparelho que vê o bebê estava ruim, depois disse que não era o aparelho, mas o bebê que estava morto dentro da barriga. Mesmo assim deu entrada na regulação, como a regulação demorou, o médico e as enfermeiras começaram a fazer esforço em cima da barriga de minha irmã”, contou.
A denunciante relatou ainda que após os esforços para o nascimento do bebê, a criança ficou presa e por isso a paciente foi encaminhada as pressas para a Santa Casa de Santo Antônio de Jesus, “ela estava toda roxa, cortaram muito ela para o bebê poder sair, só que depois desse processo todo o bebê não saiu, ficou só a cabeça e o ombro fora. Quando chegou em Santo Antônio de Jesus era mais de 9h da manhã, toda coberta de sangue, com soro colocado errado, o estado pior que um animal”, expôs.
A mulher informou também, que ao chegar no Hospital Luiz Argolo, o médico que prestou atendimento ficou surpreso com a situação da paciente. “A pele do rosto do bebê soltou, o pescoço dele estava deslocado, vi que ele estava muito machucado quando eu estava vestindo a roupinha dele para colocar no caixão. O médico enlouqueceu, disse que nunca viu nada igual e que salvaria a vida de minha irmã, porque já não tinha mais nada a ser feito para o bebê. A gente quer fazer justiça, eles não querem dar o prontuário dela”, falou.
De acordo com outro denunciante, não é a primeira vez que esse caso de violência obstétrica e negligência acontece no hospital de Laje, “meu filho ficou bem, mas perdi a mãe nessa mesma situação. Isso foi há mais de 20 anos, eu iniciei ação e pedi justiça”, disse.
Familiares da paciente esperam justiça pelo ocorrido. Aguarda-se uma posição da direção do Hospital de Laje sobre essa denúncia.
O Voz da Bahia deixa a reportagem à disposição para direção do hospital de Laje, caso queira se pronunciar diante do que foi exposto.
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