Cabeleireira Edisa tinha 20 anos. Caso ocorreu em Minas Gerais e está sendo investigado pela Polícia Civil
A cabeleireira Edisa Soloni, de 20 anos, morreu um dia depois de fazer três procedimentos estéticos em uma clínica de Savassi, bairro da Região Centro-Sul de Belo Horizonte, dia 11 de setembro. Os familiares da jovem acusam a clínica responsável por fazer as cirurgias plásticas de negligência e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais.
No Encontro, Silvana, prima de Edisa, diz que a jovem tinha a ideia de fazer apenas uma cirurgia estética: "Ela foi em uma consulta com o doutor Joshemar, com o intuito de fazer uma lipo com enxertia. Ela saiu de lá feliz, dizendo para a família que não seria somente a lipo. Seria lipo com enxertia com papada. Lipo com enxertia é tirar a gordura do local que estava incomodando e fazer a enxertia dessa gordura nos glúteos."
Silvana acredita que houve demora no socorro prestado à jovem: "Após ela fazer a cirurgia, ela foi transferida para o quarto, sem aparelho respiratório, sem nada. Quando ela veio acordar, falou: 'estou com fome, com dor.' O médico apareceu e aplicou algo que não sabemos [o que é], e ela voltou a adormecer. Estava totalmente grogue, com a boca branca... Os médicos foram embora e ela permaneceu no hospital. Ela acordou sem respirar. (...) Tentaram reanimá-la e não conseguiram."
Silvana conta que uma amiga de Edisa indicou o médico Joshemar Fernandes Heringer para ela, mas reafirma que houve negligência: "Não estou aqui para julgar o trabalho dele. Ficou bonito? Ficou. Infelizmente, houve negligência da parte dele. (...) Ela não vai ser mais uma. A partir deste momento, te peço licença e convoco todas as meninas, pessoas que fizeram procedimento com esse médico. Entrem em contato com a gente. Nós vamos lutar por todas vocês."
Esclarecimento da polícia e da clínica
A Polícia Civil de Minas Gerais está investigando se houve erro médico e negligência da clínica na morte de Edisa. Segundo a polícia, será pedida a suspensão temporária das atividades da clínica Belíssima e a exumação do corpo da jovem.
O médico e o anestesista que operaram a cabeleireira foram ouvidos, e os investigadores estão analisando se a clínica tem alvará de funcionamento e se a Vigilância Sanitária autoriza esse tipo de procedimento.
A polícia investiga o caso de uma outra paciente do médico Joshemar Fernandes Heringer que morreu em 2011, também depois de uma cirurgia.
A equipe do Encontro também entrou em contato com a clínica Belíssima, que diz, em nota, que o local possui alvará da Secretaria de Saúde de Belo Horizonte, para a realização de cirurgias plásticas, e tem a infraestrutura necessária para internações de até 24 horas. A clínica afirma ainda que o médico responsável pelo procedimento exigiu os exames pré-operatórios, que mostraram total condição de a paciente em passar pelo procedimento.
A nota ainda diz que, diante das complicações, as medidas foram tomadas pra transferir Edisa para o hospital. Sobre o caso de homicídio culposo que a polícia diz investigar, a clínica responde que o médico foi inocentado pelo Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais e pode exercer sua profissão normalmente.
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