Heloísa Helena Figueira Nunes, de 67 anos, morreu aguardando transferência para uma UTI
Heloísa Helena ao lado da filha Louise
A família da paciente Heloísa Helena Figueira Nunes, de 67 anos, acusa o estado pela morte dela, que ficou internada cerca de uma semana na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Engenho Novo, na Zona Norte do Rio.
Heloísa deu entrada na unidade na última quinta-feira (10) após sofrer um Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVC isquêmico). A família diz que mesmo com duas ordens judiciais determinando a transferência da mulher para outra unidade hospitalar, ela permaneceu na UPA aguardando vaga num leito de UTI. No fim da noite deste domingo (13) ela morreu.
A filha, Louise Paula de Souza, diz que chegou a ser destratada pela equipe médica do hospital.
“O doutor Lucas, aqui da UPA, disse na minha cara; ‘quer salvar sua mãe, faz alguma coisa, vai à luta, porque sou limitado. O estado está falido. O que eu posso fazer é isso aí que você está vendo. Ela vai ficar aí e eu vou ficar dando droga pra ela’, afirmou Louise”.
Por meio de nota a secretaria estadual de saúde disse que “Apesar da ininterrupta busca ativa feita pela Central Estadual de Regulação (CER), não foi possível encontrar um leito de UTI com a complexidade exigida pelo caso para fazer a transferência, que depende de fatores como disponibilidade de vagas, condição clínica e classificação de gravidade”.
Sobre a denúncia de negligência, a secretaria disse que a paciente recebeu todos os cuidados necessários. E, afirmou que ela ficou internada na sala vermelha, realizou exames complementares, como tomografia computadorizada de crânio.
O corpo de Heloísa Helena Figueira Nunes será enterrado nesta terça-feira (15), no cemitério do Caju.
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